29/02/2016

Os buracos das ruas do Distrito Industrial, que já resultaram em ações na Justiça contra gestores públicos e dirigentes de entidades empresariais do Estado, agora, além de quebrar carros, por causa do aumento das crateras, destruiu esta semana a relação institucional entre a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e a Prefeitura de Manaus.

A exposição pública da crise ocorreu na quinta-feira, dia 25, quando a titular da autarquia, Rebecca Garcia, disse que iria processar a Prefeitura de Manaus e horas depois foi retrucada pelo prefeito Arthur Neto (PSDB), que, ao lado dela, disse em evento público que ninguém tinha moral para lhe atribuir culpa.

As provocações não ficaram apenas nas palavras. Elas refletiram também na Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) realizada na sexta-feira, dia 26. O prefeito, que tem assento no colegiado, não foi ao evento e a organização da solenidade colocou o assento da prefeitura na mesa comum dos conselheiros.

Não é regra, mas, normalmente, Manaus, por sua importância geopolítica, sempre teve assento cativo na mesa diretora da solenidade.

O detalhe não passou despercebido pelas autoridades que estavam presentes ao evento, que teve importância ampliada por se tratar da implantação da Zona Franca Verde, fato que atraiu governadores, senadores e deputados federais dos estados que compõem a área de jurisdição da Suframa.

Apesar de não ter ido, o prefeito mandou um representante, o procurador-geral do município, Marcos Cavalcanti, que não pediu nem lhe foi dada a palavra.

Fonte: Blog do Nêuton Corrêa