11/07/2014
Didadicamente, cada órgão executivo de trânsito é responsável pela circulação de veículos e pelas regras de uso das vias de acordo com sua circunscrição. No caso das vias federais, a Polícia Rodoviária Federal responde pela fiscalização, e o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responde pela engenharia e estrutura viária. Deste modo, o Estado é responsável pelas rodovias estaduais e o Município pelas vias municipais.
No caso do Distrito Industrial há um conflito sobre como a região seria determinada, já que desde a criação da Zona Franca, o Pólo Industrial é caracterizado como distrital – apesar de situado em território municipal – e com garantia de autonomia e verba específica.
De acordo com a assessoria de imprensa da Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura) a Prefeitura não possui gerência em relação a administração das vias e que toda responsabilidade é da Suframa e destaca, ainda, que existe um convênio assinado entre a Seinfra (Secretaria de Estado da Infraestrutura) e Suframa que garante recursos federais para a recuperação total das vias. Vale ressaltar que o documento refere-se apenas ao Distrito I. O documento foi assinado em 2012 e foi publicado em Diário Oficial, no dia 03 de janeiro de 2013.
Por outro lado, a assessoria da Suframa, explica que o órgão repassa a maior parte dos recursos e que o governo realiza as obras. Desde o início do projeto, apenas 20% do valor foi, de fato, repassado ao Estado – que tem utilizados recursos próprios para ‘amenizar’ o cenário catastrófico que pode ser notado do início ao fim da Avenida Buriti, por exemplo.
Enquanto o debate continua, a Seinf (Secretaria de Estado de Infraestrutura do Estado do Amazonas) adianta que está no planejamento de obras revitalizar parte das vias nas próximas semanas.
Motoristas sofrem as consequências
O administrador de empresas Maurício Farias Videl trabalha no Distrito desde 2002 e comenta que a via já passou por fases piores que a atual, mas que não se lembra de ter feito o trajeto que liga sua casa à empresa sem desviar de buracos. “A gente acaba se acostumando, mas é lamentável e perigoso fazer o deslocamento à noite ou enquanto chove”, diz.
Há um ano a avenida foi totalmente recapeada, mas o grande volume de carretas já destruiu vários pontos da via. “O trânsito é sempre mais intenso quando os motoristas precisam passar pelos buracos. Sem contar com os trechos que precisamos invadir a contramão”, descreve o industriário Alfredo Teixeira.
Fonte: JCAM