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Buracos e abandono de vias afetam logística no Polo Industrial de Manaus

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15/10/2015

Motoristas que trafegam pela ruas do Polo Industrial de Manaus (PIM), bairro Distrito Industrial, Zona Sul da capital, continuam enfrentando problemas para transitar na área. A situação se arrasta há anos. Para chegar ou sair das fábricas, eles precisam desviar de buracos que estão em grande parte das ruas. Ao G1, os motoristas relataram que isso tem afetado as entregas de insumos e matérias-primas, além do escoamento da produção das fábricas e o transporte de funcionários. Há alguns meses, órgãos responsáveis pelas vias chegaram a informar que aconteceriam obras nas ruas, mas nada foi feito até o momento.

O caminhoneiro Pedro Acácio, de 56 anos, relata que os problemas nas vias impactam no rendimento do trabalho de entrega, pois os motoristas precisam reduzir drasticamente a velocidade, em alguns pontos, para conseguir trafegar.

"Se precisamos entregar em um dia três contêineres com cargas só conseguiremos dois por causa da buraqueira nas vias. Com isso, cai o rendimento das entregas. Para quem não conhece bem essas ruas atrasa ainda mais", comentou.

Segundo o motorista de caminhão, a situação vem se agravando nos últimos anos e comprometendo o tráfego de veículos pesados. "Toda viagem uma peça é danificada. Vamos desviar de um buraco e caímos em outro. É uma situação complicada quando se está transportando até 30 toneladas", reclamou Pedro.

Além dos transtornos, os buracos nos acessos às fábricas do PIM tem causado prejuízos aos condutores. O caminhoneiro João Gomes, 50 anos, falou sobre o prejuízo adquirido momentos antes de conversar com o G1. O caminhão-baú dele teve uma peça quebrada ao passar por um buraco grande de umas das principais vias do Distrito Industrial: a avenida Buriti.

"Quebrou o pino de centro e o prejuízo será de, no mínimo, R$ 250. Constantemente a mola da suspensão quebra, fora os veículos que batem na traseira do caminhão quando vamos desviar do buraco e reduzir a velocidade", disse João Gomes.

O caminhoneiro Carlos Alberto Pinto, de 61 anos, disse que as cargas também sofrem avarias ao longo do trajeto até o destino final. "Levamos embalagens de papelão que não é uma carga frágil, mas os paletes chegam danificados e a carga acaba tombando", revelou.

Já o motorista Ademir Lisboa, de 48 anos, faz rotas para uma empresa do Polo Industrial de Manaus e diz que, em certos horários do dia, perde cerca de dez minutos para fazer um caminho que, caso estivesse em condiçoes normais, levaria no máximo dois.

"Eu faço quatro rotas por dia. A maior parte delas é no início da manhã, que é quando tem muito ônibus vindo para cá também. Têm umas partes que, com tantos ônibus fazendo manobra para desviar dos buracos que forma fila, levam uns 10 minutos para fazer um trechinho de nada", reclama o motorista, que ainda cita o que, para ele, é necessário ser feito no lugar.

"O problema é que só jogam asfalto e não olham se está com infiltração, se tem um problema mais sério. Acho que eles não passam por aqui e nem andam por Manaus", completou Lisboa.

Lana dos Santos, 29, é auxiliar de serviços gerais em uma empresa do bairro e também reclamou dos buracos encontrados nas ruas. "O ônibus que eu venho é velho e, quando passa nesses buracos, a gente só falta desmontar", diz a mulher, que todos os dias vai do bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste, até o Distrito Industrial.

Promessa

Em maio deste ano, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) anunciou que 33 ruas do local seriam revitalizadas. O processo de recuperação das ruas integra um convênio firmado com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). No entanto, quatro meses depois, o G1 constatou que os buracos nas ruas e obras inacabadas em alguns trechos continuam.

Por meio de nota, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) informou ao G1 que o convênio firmado com a Seinfra encontra-se parado, uma vez que a autarquia "está analisando todo o processo buscando atender a recomendações recebidas dos órgãos de controle do Ministério Público Federal".

Questionada sobre o problema, a Seinfra não deu resposta ao G1 até a publicação desta reportagem.

Histórico

Os buracos nas ruas do Distrito Industrial são motivo de insatisfação há vários anos. Em março de 2012, moradores de um conjunto residencial situado na Avenida Buriti prostestaram contornando buracos que, segundo eles, estavam desde novembro de 2011 no local. Eles cobravam investimentos de impostos pagos, como o IPVA. Em dezembro do mesmo ano os moradores voltaram a contornar os buracos com tintas brancas e escreveram "felicitações" na via.

Vários acidentes já ocorreram nas vias do lugar após motoristas tentarem desviar de buracos. Em um deles, um microônibus com 10 passageiros ficou preso no meio-fio.

Fonte: G1.com

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