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Brasil: indústria puxa retomada do emprego

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09/10/2017

Reportagem publicada no Jornal d24AM

A contratação com carteira assinada começa a dar sinal de vida nas estatísticas de emprego. E é a indústria que vem puxando esse movimento. Foram mais de 136 mil vagas abertas no segundo trimestre pela atividade. A taxa de desemprego cai desde abril - passou de 13,7% naquele mês para 12,6% em agosto -, numa queda que vinha sendo sustentada até agora só pelas ocupações informais como os conta própria e trabalhadores sem carteira. Mas o quadro começou a mudar, a ponto de o Banco Itaú prever a criação de 740 mil vagas formais no ano que vem, afirmando que o emprego com carteira assinada vai liderar a geração de postos, em 2018. Do emprego formal criado este ano, 40% vieram da indústria de transformação, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A economista Maria Andréia Parente, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diz que a exportação está ajudando a indústria. Dos 27 setores acompanhados pela confederação, em julho, cinco previam admissões. Em agosto, o número subiu para sete e, em setembro, foram nove.

"As indústrias farmacêuticas, química, de móveis, de confecção e bebidas estão contratando. A alta ainda é mais localizada, mas a ocupação parou de cair, depois de muito tempo de queda", afirma Marcelo Azevedo, economista da CNI. De outubro de 2014 a dezembro de 2016, foram eliminados 2,2 milhões de postos na indústria.

Para o Itaú Unibanco, o emprego formal vai contribuir cada vez mais para a queda da taxa de desemprego. No ano que vem, em média, deve aumentar 2,2% a geração de vagas com carteira. No fim de 2018, a alta será de 3,2%, nas previsões do banco, intensificando a recuperação no mercado.

No momento de virada do emprego formal, as indústrias têxteis, de material de transporte, de alimentos e bebidas, madeira e mobiliário lideram a contratação, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A contratação também começa a engatinhar na indústria automobilística. O aumento da produção de 7,4% este ano, com mais 111 mil veículos fabricados de janeiro a setembro, trouxe estatística inédita. Pela primeira vez desde setembro de 2013, houve dois meses seguidos de alta na contratação em julho e agosto. O número ainda é baixo: 1.156 admissões. A indústria ainda está chamando trabalhadores que estavam em layoff.
No comércio, de acordo com levantamento exclusivo feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), a reação do emprego formal já se mostra mais clara, em agosto.

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