29/11/2013
De acordo com a IDC, no terceiro trimestre de 2013 foram entregues 17,9 milhões de aparelhos: 10,4 milhões deles smartphones, um crescimento de 147% frente ao mesmo período de 2012 e de 20% em relação ao segundo trimestre de 2013. Já os features phones tiveram uma queda de 33% em relação a 2012 e de 5% na comparação com o trimestre passado.
É bom ressaltar que o estudo da IDC trabalha com as vendas dos fabricantes para o varejo e as operadoras, e não desses canais para os consumidores finais. Isso explica a diferença expressiva entre os números da IDC e os da Anatel: 49,7 milhões de celulares chegaram ao mercado nos três primeiros meses do anos, mas segundo as projeções da Teleco com base nos números da Anatel, teremos apenas 11 milhões de novas linhas celulares ativadas no país este ano, que corresponderiam a um crescimento de 4,2% no ano. A diferença é uma quantidade razoável de aparelhos vendidos para troca e outros tanto em estoque.
Para Leonardo Munin, analista de mercado da IDC Brasil, vários fatores vêm favorecendo a venda de smartphones. “Além da redução no valor do ticket médio para os dispositivos, os grandes fabricantes que atuam no Brasil já voltam quase todo seu portfólio para este tipo de aparelho”, analisa. A Motorola, por exemplo, acredita que os smartphones já serão 60% dos celulares vendidos no país no fim do ano.
Somado a isso, o lançamento de novas marcas – vindas de outros segmentos de TI – já estão provocando aumento da concorrência e consequentemente maior oferta de modelos de smartphones a preços menores, como no caso dos celulares com o sistema Firefox OS, e com coração Intel rodando Android e Windows Phone. “Esta situação permitirá que a nova classe C brasileira entre de vez neste mercado o que poderá impulsionar mais as vendas dos celulares inteligentes”, diz.
Apesar da redução de preço ser um ponto determinante para a expansão do mercado de smartphones, não é só a venda de produtos de entrada que cresce. Modelos com faixas de preços maiores também apresentaram crescimento, mostrando que o momento do mercado é bom para todos. “A IDC acredita que existem dois movimentos de transição simultâneos no mercado. Quem tem um celular básico está migrando para um smartphone de entrada e quem já tem um dispositivo com dados, está comprando um smartphone mais robusto, mais premium”, explica.
Dos 10,4 milhões de smartphones vendidos no terceiro trimestre, 90% eram dispositivos com sistema operacional Android. No acumulado do ano o percentual se mantém: os aparelhos Android são 90% do total de 23,3 milhões de aparelhos vendidos até o início de outubro.
Ainda segundo o estudo da IDC, o open market (vendas nos canais que não a operadora) representa 52% da comercialização dos dispositivos, mas as operadoras seguem sendo o principal canal de vendas para este tipo de aparelho. O segmento corporativo representa 11% das vendas dos dispositivos inteligentes, um crescimento de 148% frente ao mesmo período do ano passado.
No mundo, as vendas mundiais de smartphones para usuários finais responderam por quase 52% das vendas globais de celulares no segundo trimestre de 2013, superando pela primeira vez o volume de vendas de feature phones, segundo o Gartner.
No terceiro trimestre do ano, segundo a IDC, as vendas de smartphones atingiram cerca de 468 milhões de unidades, um aumento de 39% frente ao mesmo período no ano passado. No comparativo trimestral, o crescimento foi de 9%. A queda substancial no preço deste tipo de dispositivo e a chegada de novos fabricantes no mercado, além dos números realizados pela China, que hoje já representa mais de um terço do mercado, foram os principais responsáveis pelo saldo positivo.
“Olhando para o futuro, temos a expectativa de outro grande salto nas vendas para o quarto trimestre e um novo recorde para o mercado de smartphones mundial”, afirma Leonardo Munin. Segundo ele, o mercado mundial deverá chegar próximo de um bilhão de unidades vendidas em 2013.
Pós-pago em alta
De acordo com o número da Anatel, o mercado também está comprando mais linhas de pós-pago. As adições líquidas superaram as de 2012 em todos os trimestres do ano. O mesmo não ocorreu com as adições líquidas de pré-pago. Com relação à base instalada, o pós -pago deverá representar 60 milhões de linhas em operação no fim do ano. O Brasil deve terminar o ano com 273 milhões de celulares ativos.
Fonte: IDG Now