Apesar do potencial do mercado brasileiro de games, a japonesa Nintendo enfrenta dificuldades para expandir seus negócios no país, conforme sinalizou Reggie Fils-Aime, presidente da divisão americana da Nintendo, em entrevista à Bloomberg na sexta-feira (25).

“O Brasil tem um potencial enorme”, disse Reggie em entrevista à agência, em seu escritório na cidade de San Francisco (EUA), na sexta-feira (25). Segundo ele, entretanto, o mercado brasileiro tornou-se mais difícil de vencer do que o combate à pirataria do game "Super Mario Bros. 3" da empresa.

O principal desafio do mercado brasileiro, não só para a Nintendo como para os concorrentes Microsoft e Sony, é a pesada carga tributária para a importação de consoles no Brasil. Prova disto foi o valor de R$ 4 mil anunciado pela Sony para a venda de seu novo console PlayStation 4, a partir de 29 de novembro, no Brasil.

A solução encontrada pela Microsoft Brasil foi produzir localmente. Na sexta-feira (25), a empresa anunciou que seu console de nova geração, o Xbox One, já está em produção na Zona Franca de Manaus. A empresa que já fabrica o Xbox 360 no país lançará o XOne ‘made in Brazil’ por R$ 2,3 mil em 22 de novembro.

A Nintendo já sinalizou sua intenção de produzir localmente em junho, durante a feira de games E3. Sua parceira de produção global é a taiwanesa Foxconn Technology, que já fabrica smartphones para a Apple e Sony Mobile no Brasil, mas Reggie também levanta as questões de capacitação tecnológica e pirataria local.

“Para produtos complicados isso não é sempre fácil de fazer”, disse à Bloomberg. “Já avaliamos isso uma série de vezes”.

Fonte: G1.com