31/08/2021

Antonio Silva

Dados apurados na Pesquisa Indicadores Industriais do Estado do Amazonas (amostra de médias e grandes empresas), realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), confirmam desempenho positivo da atividade industrial do nosso Estado no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro, conforme as variáveis a seguir apresentadas: crescimento do faturamento em 30,13%; o emprego teve incremento de 0,68%; as horas trabalhadas na produção aumentaram em 3,4%; a massa salarial cresceu 3,42%; e a utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou em 8,37 pontos percentuais (p.p.). Na comparação com os dados do segundo trimestre de 2019, ou seja, antes da pandemia, o desempenho é superior em 2021, como podemos constatar: faturamento superior em 189,92%; total de pessoal empregado em 15,76%; horas trabalhadas na produção superior em 15,33%; e UCI superior em 7,19 p.p. Apenas a massa salarial apresentou índice negativo de 5,19%. Isso prova que superamos índices industriais alcançados antes da pandemia. Comparando esse desempenho do segundo trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020, já sobre os efeitos negativos da covid-19, temos um desempenho ainda mais significativo: faturamento total superior em 361,95%; emprego com incremento de 9,02%; horas trabalhadas na produção maior em 64,09%; massa salarial cresceu em 26,64%; e UCI com aumento de 13,17 p.p.

É importante destacar que esses dados levantados se referem a amostras de médias e grandes empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e não aos dados reais gerais de todas as indústrias. Os dados divulgados pela Suframa, recentemente, referentes ao primeiro semestre deste ano, revelam o faturamento total do PIM de R$ 73,8 bilhões, superior em 59,33% ao mesmo período de 2020, com o emprego alcançando o nível de 101.852 vagas de trabalho preenchidas. Em que pese o aumento dos combustíveis, recrudescimento inflacionário e a subida dos custos de produção, bem como a escassez de componentes, os impactos negativos nos custos logísticos e as limitações provocadas pela crise pandêmica mundial, acreditamos em crescimento no segundo semestre do faturamento e da produção em patamar superiora 10% do alcançado no primeiro semestre do corrente ano. A razão dessa estimativa positiva se explica por, tradicionalmente, o segundo semestre apresentar níveis superiores em faturamento e produção industrial, face às encomendas de produtos para as festas de fim de ano. Caso nossa previsão se concretize, o ano de 2021 alcançará patamar de R$ 155 bilhões em faturamento, ficando superior ao nível de 2020 em aproximadamente 29,16%. Por tudo que pretendi expor nessas poucas linhas está a nossa esperança de que os Poderes constituídos da nossa Nação possam trilhar o caminho do entendimento e da superação de obstáculos, colaborando assim para a tranquilidade e o desenvolvimento sustentável do Brasil.

(*) Antonio Silva

Presidente do Sistema FIEAM