21/12/2021

Paulo Takeuchi

Diretor executivo da Abraciclo

E-mail: ptakeuchi@abraciclo.com.br

O ano de 2021 está se encerrando com duas sensações distintas: a de que o ano passou muito rápido e a de que, por outro lado, o ano foi muito longo, como se tivesse tido mais de 365 dias... Acho compreensível, pois, praticamente não convivemos em 2020, ano que foi “emendado” com o início de 2021, em condições totalmente anormais. Uma nova realidade que mudou radicalmente as condições de trabalho e as rotinas de inúmeras atividades socioeconômicas, com exceção dos setores de produção e de serviços, que ocorreu muitas vezes de forma virtual, dando a impressão de termos assistido a vários programas de Tv, vídeos, novelas e até reuniões com decisões importantes.

O lazer e a descontração também ficaram represados e agora percebemos a falta que sentimos dos contatos pessoais, dos momentos de reencontro e, por que não, do próprio relacionamento mais “humanizado”, apesar de toda a tecnologia de comunicação digital disponível.

Enfim, parece que tiraram o “bode da sala” e a sensação que temos obviamente é a de alívio, até porque, com maior número de pessoas vacinadas e a redução de óbitos pela covid-19, estamos nos permitindo arriscar mais e reencontrar nossa antiga liberdade.

Porém, ainda temos muitas incertezas com o surgimento da nova variante e com o próprio ambiente econômico e político, que não nos permitem nenhuma previsibilidade, deixando para o início de 2022 uma visão mais clara do que viveremos nos próximos meses.

Até lá, todos estão procurando aproveitar ao máximo para recuperar um pouco o tempo e as experiências perdidas, com um olhar mais focado no momento e no tempo presente.

Quanto ao setor de duas rodas, tanto a produção de bicicletas quanto a de motocicletas, deverá fechar o ano com números positivos e de recuperação em relação ao ano anterior, resultados que foram obtidos graças aos esforços e sacrifícios dos fabricantes e de toda a cadeia produtiva. Esforços esses que permitiram atender a crescente demanda por estes importantes produtos, que tiveram um papel fundamental no auxílio aos momentos críticos da crise sanitária e econômica do país.

As dificuldades de abastecimento de matérias-primas e componentes, aliadas aos aumentos de custos e as dificuldades de logística internacional, foram constantes desafios aos executivos do setor. Porém, com a capacidade gerencial e o apoio dos profissionais, pudemos vencer boa parte deste desafio, e aqui destaco também o apoio recebido pelo Governo do Estado do Amazonas, que renovou importantes incentivos fiscais para o setor, e a Suframa, pelo apoio e agilidade nas aprovações de projetos industriais. Acredito que o Polo Industrial de Manaus - PIM, mesmo diante dos inúmeros desafios da crise sanitária, saiu mais forte, mais unido e vitorioso, com exceção de uma parte da população que ainda não teve a oportunidade de trabalho e, por isso, merece o apoio e a solidariedade de todos nós.

Quanto à projeção do setor para 2022, como dito anteriormente, será uma das nossas primeiras prioridades no raiar do novo ano, pois ainda necessitamos refletir, observar e avaliar como será o ambiente de negócios e a economia nos próximos meses. Tenham a certeza de que pensaremos positivamente, apesar das dificuldades que o cenário político-econômico global e brasileiro nos sinaliza.

O importante neste momento é fazermos uma boa reflexão do que passou e desejar um bom recomeço de tudo, boas e novas oportunidades de negócios, novos conceitos e horizontes. Que venham em 2022, afinal, as boas novas!

Agradeço a todos os consumidores, a sociedade e a imprensa por mais um ano, desejando um Feliz Ano Novo que se aproxima, com muita saúde, paz e amor!