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Bioeconomia e ecoturismo na Amazônia podem gerar 224 mil empregos em dez anos

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20/01/2020

Fonte: Acrítica

Rebeca Beatriz

Produzir, desenvolver e preservar. Nos últimos anos, esses termos vêm sendo pensados em conjunto, dando origem à bioeconomia. O desenvolvimento sustentável entra em jogo e leva as organizações a buscarem meios de concretizar isso, à medida que crescem também economicamente.

Um exemplo é o Instituto Escolhas, fundado em 2015. O local desenvolve pesquisas relacionadas ao meio ambiente e à economia. Um estudo divulgado pelo Instituto mostrou que é possível ampliar o desenvolvimento da região por meio da diversidade da economia, em quatro eixos, conforme mostrou o diretor do Escolhas, Sérgio Leitão.

“Piscicultura, plano de economia da transformação digital, bioeconomia e ecoturismo: é possível gerar 212 mil empregos diretos nos próximos dez anos e 12 mil empregos indiretos com relação às obras de infraestrutura”, cita.

Existem ainda outras iniciativas mostrando como é possível desenvolver a economia do País de forma sustentável. Há dez meses em atividade, o Programa Prioritário de Bioeconomia do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) também tem incentivado negócios de impacto social e ambiental.

O projeto piloto criou um produto cosmético a partir de açaí e óleo de copaíba, gerou cinco empregos diretos na capital amazonense e 20 no interior.

Segundo o coordenador do Programa, Carlos Koury, desde o início do programa, quatro empresas fizeram aporte para apoiar sete projetos

“É enorme o potencial de inclusão social e interiorização da economia, assim como geração de emprego e receita a partir da inovação. Trata-se não somente de quem trabalha na cadeia produtiva, mas da consolidação de novos processos, equipamentos e softwares”, menciona.

Outro exemplo produzindo frutos econômicos e sustentáveis é a Fundação Vitória Amazônica (FVA), com uma fábrica de beneficiamento de castanhas em uma comunidade rural, no Rio Uarini, com 92 cooperados. Podem ser produzidas até 60 toneladas em um ano, e a fábrica tem capacidade de produção de cerca de 20 a 25 toneladas de castanhas em amêndoas.

O economista Osiris Silva analisa que é fundamental diversificar a matriz econômica. “O complexo Zona Franca, para ajustar-se aos padrões tecnológicos internacionais, particularmente à Indústria 4.0, deverá sofrer transformações: implantação de Plataforma de Exportações e Desenvolver a Bioeconomia via incorporação de recursos da biodiversidade”, conclui.

Personagem: Fabiano Silva, coordenador executivo da FVA

“A fundação desenvolve desde os anos 90 atividades com foco na valorização de produtos da biodiversidade, conhecimentos tradicionais das comunidades do interior para o desenvolvimento de economias regionais baseadas na sociobiodiversidade amazônica.É viável desenvolver cadeias econômicas e envolver economias locais atendendo a legislação, incluindo a das áreas protegidas, tradicionalmente criticadas e consideradas um empecilho para o desenvolvimento econômico".

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