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Bikes elétricas em carga total

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16/01/2014

De carona na nova legislação que equipara as bicicletas elétricas, ou e-bikes, aos modelos comuns de magrelas, fabricantes e importadoras se mexem para oferecer mais opções. É o caso da Sense Electric Bike, que inaugura no mês que vem sua fábrica em Manaus (AM), com investimento de R$ 20 milhões.

Desde 2012 a empresa importa da China e de Taiwan as e-bikes, que têm a finalização da montagem aqui. Com a nova planta, componentes como pneus, selim, pedal e guidão passam a ser nacionais. Segundo o executivo de vendas da empresa, Caio Ribeiro, haverá redução de 35% nos custos de produção.

"Vamos aproveitar para dar um up grade, com cabeamento à prova d'água e elétrica de 36 volts, que dá 15% mais de autonomia e 20% a mais de força", explica Ribeiro, para quem a legislação equipara o Brasil a países do primeiro mundo.

Os três modelos produzidos pela Sense estão em mais de 90 revendas e chegam a 16 estados do país. "São Paulo, Rio e Curitiba concentram as vendas. Rio, por ser o ponto de partida de nossa operação; São Paulo, pelo trânsito, que faz com que o paulistano busque alternativas; e Curitiba pela infraestrutura e apoio do governo", destaca Ribeiro. Por enquanto, as bikes são apenas para o mercado interno, mas a meta é chegar a América do Sul em 2015.

Além de Rio, São Paulo e Curitiba, a gerente de comunicação e marketing da Dafra, Patrícia Fernandes, vê potencial de crescimento em cidades litorâneas. Para ela, superada a questão da legislação, problemas como falta de ciclovias devem receber mais atenção.

"Vemos movimento nos últimos anos para melhorar infraestrutura, já tivemos avanços. A bicicleta elétrica pode ser usada no lazer, mas é um transporte", diz.

A Dafra, empresa brasileira que começou a comercializar bicicletas elétricas em 2012, já viu suas vendas (uma média de 400 a 500 por mês) crescerem 30% no último trimestre de 2013 e, de acordo com Patrícia, a meta é chegar a mil unidades até o fim do ano.

Com três modelos saindo da fábrica de Manaus e distribuídos pelas 200 concessionárias, a Dafra se prepara para o lançar uma nova opção em fevereiro. "Ao invés do motor atuar na roda, atua na pedivela (junção do pedal com a bicicleta), não havendo perda de energia", explica Patrícia. A nova bike terá autonomia média de 70 km, contra 35 km de versões anteriores como a DBL, modelo mais vendido. As e-bikes da Dafra também são vendidas em lojas especializadas, magazines e e-commerces com a marca Vex.

Ricardo De Féo, sócio-fundador General Wings, que além de dois modelos próprios, licencia e-bikes da Ford e da Ducati, também comemora a nova lei. "O mercado é de cinco milhões de bicicletas por ano, e até 10% desse mercado deve ser bicicletas elétricas. Nosso objetivo é participar com 50 mil, nos próximos seis anos", diz. A meta é produzir cinco mil unidades em 2014.

De Féo diz que ainda no primeiro semestre o modelo Villaggio, produzido com a marca Ford, deve chegar às concessionárias da montadora. Hoje, ela está, assim como os outros três modelos da General Wings, no showroom e em 32 bike shops. Além disso, a meta é nacionalizar 80% dos componentes da bike, um projeto italiano, até 2016. Ainda segundo o executivo, a General Wings 3 Toros em breve será licenciada com a marca Troller.

Fonte: Brasil Econômico

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