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Bancada federal do Amazonas se alia ao ‘blocão’ dos insatisfeitos

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13/03/2014

Sete dos oito deputados federais da bancada do Amazonas em Brasília votaram pela derrota do Planalto na última terça-feira (11), na Câmara Federal e se aliaram ao “blocão”, grupo informal de parlamentares insatisfeitos com o governo Dilma Rousseff (PT) liderado pelo PMDB.

Temeroso com novas perdas, o Planalto pediu a retirada do Marco Civil da Internet da pauta ontem, o que deverá adiar novamente a votação da prorrogação dos incentivos da Zona Franca de Manaus (ZFM), anteriormente prometida para entrar na pauta da próxima terça-feira (18).

Sem expectativa de ser votada na próxima terça, a PEC da ZFM terá que esperar o fim da crise entre os partidos para ser pautada, visto que o “blocão” ameaça votar contra os projetos defendidos pelo governo, que articula afastar pautas importantes da casa enquanto o clima de rebelião continuar. O projeto do Marco Civil foi o primeiro a ser afetado pela crise. Atendendo a um pedido do ministro da Casa Civil, Aloizo Mercadante.

A preocupação do Executivo em afastar pautas governamentais da crise na Câmara foi após a derrotada da última terça-feira (11), quando o plenário aprovou o requerimento para a criação de uma comissão externa de deputados para investigar denúncias de propina contra a Petrobrás na Holanda.

O placar foi de 276 a favor do requerimento, 28 contrários e outros 15 se abstiveram. Sete deputados da bancada do Amazonas fazem parte do grupo e votaram contra o Planalto. Até mesmo Francisco Praciano (PT), votou junto ao blocão, o único petista a contribuir na derrota.

Apesar do PP ter deixado o grupo na última segunda-feira (10), a progressista pré-candidata ao governo, Rebecca Garcia votou contra a sua bancada e deu força ao movimento dos descontentes. Minutos antes da votação, lideranças do PP tentavam ajudar o governo a derrotar o requerimento.

A saída do partido de Rebecca do “blocão” aconteceu depois que o ministro da Casa Civil, Aloizo Mercadante, garantiu a substituição de Agnaldo Ribeiro nas Cidades pelo vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi, indicado pelo PP.

“Eu não acho que votação teve alguma influência do blocão, até porque deputados do PT também votaram contra. Não vejo nenhum problema em uma investigação como essa. O partido me deixou livre para se posicionar como quiser e nunca fui contra o governo”, desconversou a progressista.

O PSD, legenda que está divida se adere ou não ao “blocão”, teve 34 votantes: 21 desfavoráveis ao governo, entre eles os deputados Átila Lins e Silas Câmara. O deputado Carlos Souza preferiu não votar. De partidos aliados ao movimento peemedebista, os oposicionistas Pauderney Avelino (DEM) e Henrique Oliveira (SDD), além do governista Sabino Castelo Branco (PTB) também votaram pela vitória do grupo.

Na tarde ontem, Eduardo Cunha anunciou que o grupo deverá se reunir antes de todas as próximas sessões para definir as estratégias das próximas votações. Por se tratar de uma PEC, a prorrogação da ZFM não seria afetada pela fila de projetos com urgência constitucional, podendo ser votada a qualquer momento.

Fonte: Amazonas Em Tempo 

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