02/06/2014
Em conversa com a reportagem, o tucano disse que pretende ir a Brasília para reforçar o diálogo que a bancada do Estado tem mantido com os demais deputados federais. Segundo ele, representantes da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), serão convidados para formar sua comitiva.
“Esse é o momento de termos humildade para dialogar. Não é hora de brigar. Entendemos que a decisão que está nas mãos dos deputados federais só terá um saldo positivo para o Estado se formos pela luz das ideias e do convencimento”, ressaltou.
Arthur Neto disse que ficou surpreso com o adiamento da votação marcada para acontecer no último dia 28. “Causou-me espanto a decisão de adiar mais uma vez a votação final da PEC. Tinha conversado com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante e até aquela ocasião estava tudo acertado”, frisou.
A frustração de Arthur é pelo quarto adiamento da votação em segunda discussão da PEC, que possui trâmite diretamente ligado à aprovação da Lei de Informática nº 6.727/13, onde Estados do Sul e Sudeste negociam com o governo federal a manutenção de desconto de 70% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para empresas do setor, até o ano de 2029.
Mesmo consciente de que a matéria será aprovada, o prefeito de Manaus salienta que os “impasses formados de maneira premeditada para atrasar a aprovação da matéria”, já expõem a economia do Estado há riscos. “A PEC da Zona Franca já vem tarde, estamos perdendo investimentos e colocando empregos de milhares de trabalhadores em risco iminente. Não podemos entender como projetos de tal relevância para a economia do país enfrentem tanta demora para suas aprovações”, analisou.
Na ocasião do adiamento, o deputado federal Francisco Praciano (PT), disse temer que a proposta não seja votada antes dos recessos. O parlamentar garantiu que as dificuldades não se devem a um suposto clima antiZFM na casa legislativa, mas ao desacordo em torno da Lei de Informática.
Confiante, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) destacou que as reações pseudoapavoradas não possuem razão de existir e que a tentativa de “algumas pessoas” de transformar as negociações em debate político tem atrapalhado o desenrolar do processo de aprovação da PEC.
Fonte: Amazonas Em Tempo