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Bancada amazonense terá grandes desafios

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07/11/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Anova bancada eleita no Amazonas para o Senado Federal e para a Câmara dos Deputados, começará o mandato em 2019 com um grande desafio no futuro governo de Jair Bolsonaro. Caso se confirme a junção do superministério, que segundo entidades da indústria local, pode causar grande impacto à ZFM (Zona Franca de Manaus), os parlamentares do Amazonas já devem se preparar para uma futura queda de braço, caso a proposta traga prejuízos ao modelo.

Alguns parlamentares que irão compor a bancada do Estado na capital Federal comentaram, caso o cenário se confirme. O senador Eduardo Braga (MDB) defende que a Zona Franca de Manaus é e sempre será a bandeira de luta no Congresso. "Por isso, batalhamos pela prorrogação do modelo até 2073 e permanecemos vigilantes para evitar qualquer tentativa que possa vir a prejudicá-la". Cabe destacar que essa estratégia de desenvolvimento regional foi reconhecida pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Além de gerar empregos, mantém de pé um dos maiores patrimônios naturais do mundo. Ao ser preservada, a Amazônia mantém em equilíbrio ecossistemas que estão muito além de seus domínios. Ela ajuda, por exemplo, a combater a estiagem das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Diariamente, bombeia 20 trilhões de litros de água do solo para a atmosfera por meio da trans-piração das folhas. Para o senador eleito Plínio Valério (PSDB-AM), o modelo ZFM sempre será prioridade para o Estado e principalmente a classe política que tem o dever de defendê-la. "Esse superministério é um alerta". Segundo Plínio Valério a ideia dele é fazer parte da Comissão de Assuntos Econômicos porque é na pasta que passa tudo relacionado à Zona Franca de Manaus. "Se mexer com a ZFM acaba o apoio ao presidente. Chego ao Senado livre de qualquer carimbo. Não fui eleito à sombra de ninguém a não ser do povo que me elegeu. Devo obediência ao povo amazonense".

Competitividade O deputado federal eleito, Marcelo Ramos (PR-AM), sus-tentou que não dizer que essa fusão é prejudicial ao modelo ZFM é cegueira absoluta. "O cenário exige alerta. Não podemos nos acomodar. O ministério da Fazendo tem a lógica arrecadatória. Nós estamos colados no Ministério da Ciência e Tecnologia para garantir os investimentos dos PPBs (Processos Produtivos Básicos). Se alinhar isso ao discurso do Paulo Guedes que verbaliza defender o imposto, esse risco pode se consolidar ou não. Vamos aguardar. Vamos

depender da sensibilidade do novo presidente". Outro aspecto avaliado por Ramos é entender que há necessidade de dependermos menos de incentivos fiscais. Para isso a infraestrutura logística, a BR-319, internei de melhor qualidade e mais barata, além de facilitar licenciamento de outros Portos no Estado, para tentar uma competitividade de hidrovias, explorar o plano de manejo dentro do código florestal. Ele citou ainda que um dos eixos para uma competitividade é a infraestrutura para que a indústria permita que o Amazonas desenvolva novas alternativas de investimentos na agricultura e mineração e que a expectativa para o novo manda-to é que o governo seja capaz de entender que o país precisa de reformas estruturantes. "Isto é o mais importante. Deixar de lado debates em temas que divide o país. Precisamos é priorizar o que une. Criar reformas para que o país volte a crescer e gerar emprego e renda".

Mudança de paradigma Embora não tenha sido reeleito o deputado federal, Pauderney Avelino (DEM) admite que a bancada vai enfrentar sim muita resistência e problemas. Porque será um novo conceito de mu-dança de paradigma. Ele garante que vai tentar ajudar e fazer o que for necessário para ajudar o Amazonas, apesar de não ter garantido um novo mandato. O parlamentar que sempre esteve à frente dos interesses em torno do modelo Zona Franca, além da participação ferrenha nos processos para defender e garantir os incentivos explica que os deputados federais eleitos pelo Estado, terão que trabalhar muito no sentido de buscar meios para que a ZF não sofra nenhum dano ou prejuízos com as futuras mudanças nas pastas. Para Pauderney, o paradigma está atrelado à relação dos benefícios fiscais. "Eu espero que o governador possa se posicionar bem com a bancada e não podemos sofrer por antecedência com o que tem sido dito. Tudo é muito prematuro", observou.

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