02/10/2014
Em agosto, a exportação "artificial" de uma plataforma de petróleo permitiu que houvesse superavit comercial no mês e no acumulado do ano.
Trata-se de uma operação legal, mas somente contábil, já que o equipamento não chega a sair do país. A empresa recorre ao instrumento para obter vantagens fiscais.
O deficit de setembro é resultado de exportações de US$ 19,6 bilhões, 10,2% abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado pela média diária, e importações de US$ 20,6 bilhões, 4% acima do verificado em setembro de 2013.
As vendas caíram no mês passado em todos os segmentos: básicos (-15,1%), manufaturados (-8,0%) e semimanufaturados (-2,9%).
As compras externas de combustíveis e lubrificantes aumentaram quase 50%, impulsionando as importações totais, já que houve decréscimo nas compras de bens de consumo (-4,2%), matérias-prima e intermediários (-2,7%) e bens de capital (-2,2%).
Destinos
As exportações para a Argentina, importante mercado comprador de manufaturados brasileiros, seguem em queda acentuada. Em setembro, houve redução de 40% frente ao mesmo mês de 2013.
No acumulado do ano, a queda nas exportações para o país vizinho é de quase 26%.
De janeiro a setembro, o país também embarcou menos produtos para a China (-3%), União Europeia (-5,1%), Oriente Médio (-2,9%) e África (-12,9%).
Houve crescimento nas exportações, contudo, para os Estados Unidos (9,3%) e Europa Oriental (9,2%).
Fonte: JCAM