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Balança comercial amazonense tem avanço em fevereiro

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05/03/2020

Fonte: Jornal do Commercio

A corrente de comércio exterior do Amazonas desengatou em fevereiro. Ao contrário do ocorrido em janeiro, as exportações avançaram, assim como as importações – embora o volume de aquisições do Estado no estrangeiro tenha sofrido refluxo em relação ao mês anterior. A conclusão vem da análise dos dados do governo federal, disponibilizados pelo portal Comex Stat, nesta terça (3).

As vendas externas do Amazonas voltaram a emergir, em trajetória de recuperação das perdas de janeiro (US$ 58.31 milhões), ao totalizar US$ 64.40 milhões em fevereiro. O montante ficou 20,80% acima da marca registrada 12 meses atrás (US$ 53.31 milhões). O bimestre (US$ 122.71 milhões) também foi superior (+4,99%) ao do mesmo período de 2019 (US$ 116.88 milhões).

Os números de importação do Estado chegaram a US$ 804.90 milhões em fevereiro de 2020, 6,22% a mais do que o registrado no mesmo mês do ano passado (US$ 757.76 milhões). Houve, contudo, uma desaceleração de 15,29% em relação ao valor obtido em janeiro (US$ 950.17 milhões). No acumulado, os valores sofreram acréscimo de 4,17%, com US$ 1.75 bilhão (2020) contra US$ 1.68 bilhão (2019).

Em fevereiro, as compras do Amazonas no estrangeiro foram encabeçadas por partes e peças para televisores e decodificadores (US$ 114.53 milhões), circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos (US$ 97.20 milhões), óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (US$ 62.20 milhões), celulares (US$ 61.23 milhões) e platina (US$ 58.84 milhões). No confronto com os números de 12 meses atrás, houve queda nos dois principais itens e alta nos outros três.

Na lista de nações fornecedoras para o Estado, destacaram-se China (US$ 286.35 milhões), Estados Unidos (US$ 120.37 milhões), Vietnã (US$ 64.17 milhões), Coreia do Sul (US$ 62.12 milhões) e África do Sul (US$ 57.34 milhões). Todos os países da lista registraram aumento nos números em relação a 2019.

Argentina em queda

A lista de exportações do Estado foi encabeçada, como de hábito, pelas preparações alimentícias/concentrados (US$ 19.84 milhões), com avanço de 116,59% em relação a 12 meses atrás. Em contrapartida, motocicletas (US$ 3.75 milhões) caíram do segundo para o quinto lugar, e TVs (US$ 2.92 milhões) recuaram da quarta para a sexta posição. Ambos perderam espaço para ferro ligas (US$ 5.75 milhões) e óleo de soja (US$ 5.04 milhões).

A retração de manufaturados se deu em função da queda da Argentina (US$ 2.98 milhões), da segunda para sexta colocação, no ranking de destinos dos produtos do Amazonas. A Venezuela (US$ 17.47 milhões) liderou a lista, sendo seguida por Colômbia (US$ 10.49 milhões), Bolívia (US$ 5.46 milhões), China (US$ 4.16 milhões) e Estados Unidos (US$ 3.46 milhões).

O gerente executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fieam, Marcelo Lima, disse que o aumento das importações e exportações em fevereiro foi uma boa notícia em um período de sazonalidade baixa. O dirigente salientou também que a retração das compras da Argentina – e seus efeitos na pauta de produtos manufaturados do PIM – já era esperada, diante das dificuldades econômicas e das mudanças políticas no país vizinho.

“A Argentina ainda compra muitos decodificadores de sinal, além de alguns eletrônicos. No caso da Venezuela, ocorre novamente a situação dos meses anteriores: são compras de alimentos e artigos de higiene não produzidos na Zona Franca, por conta da escassez desses produtos lá. Colômbia e Bolívia aumentaram muito as compras de concentrados, enquanto as aquisições da China ainda são de produtos primários”, comentou.

Vírus e especulação

No entendimento do gerente executivo do CIN, a ameaça do coronavírus ainda paira sobre a atividade econômica mundial, trazendo incertezas também para o comércio exterior. Marcelo Lima pondera, entretanto, que a também uma boa dose de especulação nos mercados financeiros mundiais em torno da ameaça de uma pandemia.

Em sintonia, o coordenador da Comissão de Logística do Cieam, professor da Ufam e empresário, Augusto Cesar Barreto Rocha, salientou ao Jornal do Commercio que há “vários sinais” de melhoria da economia e que diferentes empresas também sinalizam esse cenário mais positivo para o país, além de ressalvar que o coronavírus é “posterior aos fatos” assinalados pelo Comex Stat.

“Não tenho elementos para avaliar a evolução desses itens e quais seriam as causas. No caso do coronavírus, o problema que surge em várias empresas fornecedoras é a não operação e, com isso, o não faturamento no prazo, causando severo desabastecimento. Isso parará várias linhas de diferentes empresas, mas a extensão não está nada clara. Só especulação”, encerrou.

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