18/06/2014
"A indústria permanece registrando um cenário de grande dificuldade", observa a CNI. Mas o quadro se agravou no mês passado, quando, além da queda na produção, os estoques ficaram acima do planejado e o emprego voltou a cair. O indicador de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 51 pontos. O problema é maior nas grandes empresas, nas quais o estoque efetivo em relação ao planejado alcançou 53,1 pontos. O indicador varia de zero a cem. Acima de 50 indica estoques indesejados.
O índice de evolução do número de empregados caiu para 46,8 pontos, se afastando ainda mais da linha divisória dos 50 pontos, mostrando uma disseminação da queda do número de empregados pela indústria. O indicador encontra-se abaixo dos 50 pontos em todos os portes de empresas: nas pequenas foi para 46,4 pontos, nas médias para 45,8 pontos e, nas grandes, para 47,5 pontos.
"A expectativa é de manutenção da queda no número de empregados", alerta a Sondagem Industrial. Em junho, o indicador de expectativa de evolução do número de empregados nos próximos seis meses ficou em 48,5 pontos. É o segundo mês consecutivo em que o índice fica abaixo dos 50 pontos, indicando que há tendência de queda na oferta de vagas no setor.
Ociosidade
Conforme a pesquisa, a utilização da capacidade instalada da indústria ficou em 71% em maio, o mesmo nível registrado em abril. A ociosidade foi maior nas pequenas empresas, em que a utilização da capacidade instalada foi de 64%. Nas grandes empresas, o índice alcançou 73% e, nas médias, 69%.
A Sondagem Industrial de maio foi feita entre 2 e 11 de junho com 2.077 empresas, das quais 813 são pequenas, 758 são médias e 506 são grandes.
Fonte: Portal da Indústria (CNI)