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Aumento nas vendas desequilibrou fornecimento de papelão

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29/07/2021

Um desequilíbrio entre oferta e demanda por papelão afeta as fabricantes do Polo Industrial de Manaus (PIM). Segundo a Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), o aumento nas vendas a partir da retomada da indústria, do avanço do e-commerce e do delivery, no último ano, elevaram a procura pelas embalagens, ocasionando aumento no prazo para o fornecimento por parte das fabricantes.

Conforme a Empapel, a demanda pelo papelão ondulado segue crescente em todo o país e o setor ainda não alcançou a normalização. As entregas que costumavam ocorrer entre sete e 30 dias, por conta do alto volume de vendas, estenderam para mais de 30 dias.

De acordo com a associação, o aumento na procura por papelão para embalagens iniciou em junho de 2020 devido ao retorno repentino da indústria de bens semiduráveis e duráveis. Consequentemente, os demais setores passaram a demandar mais embalagens.

“A alta demanda ocorreu por conta da retomada da indústria para atender o maior consumo de bens de primeira necessidade, além do crescimento do e-commerce e delivery, desde o início da pandemia da Covid-19, que fizeram inflar o mercado de embalagens de papelão ondulado. A mudança rápida e crescimento acelerado levou o setor a estender seu prazo de entrega”, informou a Empapel.

“Por se tratar de uma indústria essencial, desde o início da pandemia as operações dos fabricantes de papéis para embalagens e de embalagens de papel não foram interrompidas. Apesar de todos os desafios, seguiram atendendo ao Brasil, mesmo com lockdown em algumas cidades”, cita a associação em outro trecho da nota.

Empresários buscam soluções

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Wilson Périco, confirmou a falta das embalagens de papelão e disse que o setor industrial está em tratativas com o governo do estado buscando alternativas para sanar o problema.

“Estamos em tratativas com o governo do estado na tentativa de equalizar essa situação. Hoje, boa parte do papelão recolhido pelas empresas é enviada para outros estados, e precisamos equacionar isso para poder ter a atividade de reciclagem em Manaus fortalecida também, além de ter a quantidade necessária para a produção de embalagens, tem a questão do custo”, disse.

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, cerca de 80% das embalagens que chegam às fabricantes na capital são fornecidas pelas regiões Sul e Sudeste do país. A alternativa, segundo ele, caso as indústrias na capital, não atendam à demanda, seria a flexibilização por tempo determinado para a compra das embalagens de outras regiões.

“Os materiais de embalagem possuem algumas particularidades dentro das legislações estadual e federal, as quais exigem que parte desse material seja adquirido no mercado local. Na hipótese das indústrias não atenderem à demanda corrente, talvez fosse o caso de flexibilizar a aquisição por curto período até que o mercado consiga nivelar oferta e demanda”, sugeriu.

Texto: Priscila Caldas

Fonte: Real Time 1

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