01/09/2016

Os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil vão realizar operação padrão no terminal portuário Chibatão, em Manaus, nesta quinta-feira (01), o que deverá atrasar a liberação de insumos para o Polo Industrial de Manaus (PIM). A informação é do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Amazonas (Sindifisco-AM).

De acordo com o presidente da entidade, José Jefferson, aproximadamente, de oito a dez auditores farão uma blitz para verificar se as cargas estão de acordo com os documentos. “Essa operação é algo que acontece normalmente durante o ano, mas também simboliza o descontentamento da categoria com o processo de recomposição salarial que ainda está na comissão do Senado”, afirma Jefferson.

Os auditores fiscais da Receita já haviam realizado operações padrões em julho, duas vezes na semana, o que causou retenção de mercadorias no porto Chibatão. Na época, o Centro da Indústria do Amazonas (Cieam) disse que a retenção chegou a 900 contêineres que ficaram sem liberação.

O presidente do Sindifisco-AM afirmou que toda a carga que ficou travada no principal porto privado de Manaus foi liberada. “As cargas que estavam atrasadas voltaram a ficar em dia com o trabalho reforçado dos colegas”, disse.

Os auditores recebem, em média, R$ 13 mil de salário, mas pedem a equiparação com os rendimentos dos delegados da Polícia Federal que recebem R$ 18 mil, em média. Ao todo, os servidores da Receita reivindicam um reajuste de 21,3% em quatro anos, cujo impacto será de R$ 2,097 bilhões em todo o período. Além disso, a categoria obteve um bônus de eficiência pago, inclusive, a servidores inativos, que custará R$ 6,479 bilhões até 2019, segundo cálculos do governo enviados ao Congresso. A aprovação desse bônus criou um clima de insatisfação entre outras categorias, que querem ser igualmente contempladas, como a dos servidores do Tesouro Nacional que entraram em greve para conseguir o mesmo tratamento obtido pela Receita.

Fonte: Portal D24am.com