05/01/2016
O grupo, que começou no Facebook e conta com mais de 21 mil seguidores, afirma que no ato eles irão tentar reconstruir pontes e recuperar trechos da estrada, que se encontra abandonada em alguns pontos. Inclusive, existe um bueiro no quilômetro 343 que precisa ser substituído por conta de uma grande erosão causada pelas chuvas.
De acordo com um dos idealizadores do movimento, o professor universitário Pedro Fernandes, o objetivo do manifesto é conseguir a liberação por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para garantir a manutenção da rodovia, que liga a capital amazonense ao resto do país.
“Nosso ato será mais simbólico, pois não dispomos de máquinas para recuperar a rodovia. Entretanto, queremos chamar a atenção das autoridades para que essas obras não parem e que essa importante rodovia não caia em desuso absoluto”, afirmou o professor.
Pedro Fernandes alerta que a briga, neste momento, não é sequer para a liberação total da pavimentação da rodovia, mas apenas a concessão da licença para que as obras recuperação volte a funcionar.
Outro manifestante, Lucas Pinheiro, que também espera a licença por parte do Ibama, afirma que ela é de fundamental para os Estados do Amazonas, Rondônia, entre outros que serão beneficiados. “Essa rodovia vai avalizar a movimentação da economia para todos, não só de quem vive às margens da estrada. Todos só têm a ganhar”, afirmou.
Conforme os protestantes, com o inverno chegando, a rodovia pode ser tornar intrafegável e a circulação de mercadorias e veículos pesados, como caminhões, e os de transportes de passageiros cessem por completo. O Dnit alega que está impedido de fazer qualquer serviço na BR enquanto não houver a liberação da licença ambiental por parte do Ibama.
Impasse
Conforme o Ibama alega na decisão de parar parte das obras da rodovia, há irregularidades como licença ambiental inadequada, supressão de área de preservação permanente (APP), estocagem de madeira sem licença, destinação irregular de efluentes, utilização de material de jazidas, intervenções em corpos hídricos, alargamento de pista, construção de bueiros, desvio de ponte danificada e alojamentos para trabalhadores sem condições mínimas de segurança e salubridade.
Fonte: Amazonas Em Tempo