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[Artigo]: ZFM e a urgência dos empregos

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04/01/2022

Por Nelson Azevedo*

É bem verdade que a taxa de desemprego no pais caiu para 12,5% no terceiro trimestre de 2021. Trata-se de uma redução de 1,6 em relação ao trimestre anterior (14.2%). Na comparação com o mesmo período de 2020, houve uma redução de dois pontos percentuais (14,9%). Estamos ralando de crescimento do emprego puxado por vagas sen carteira assinada e com salários mais baixos. Foi o que deu para arrumar Porém, este não foi o caso do Polo Industrial de Manaus. onde as estimativas beiram os 3% de incremento dos postos de trabalho em relação a 2020.

A conversa Fiada do IPI

Na expectativa de confirmação iminente do IBGE já podemos adiantar que se trata de converse fiada a afirmação segundo a qual o percentual de isenção do IPI para es indústrias do pelo industrial de Manaus compromete a geração de empregos para outras regiões do Brasil. Temos 0.5% dos estabelecimentos industriais do Brasil e empregamos diretamente em 2021 aproximadamente 102 mil pessoas, com mais de 500 mil empregos indiretos. Deveremos recolher aos cofres federais em torno de RS20 bilhões, mantendo a posição do Amazonas entre os 5 maiores contribuintes da União. Deixem-nos trabalhar e ajudar o país a sair do seu atraso secular.

A insensatez do Fake news

Alguns esclarecimentos se fazem necessários. A começar pelo imperdoável equívoco segundo o qual o Polo Industrial de Manaus e beneficiário de repasses diretos de bolsa-empresário a Fundo perdido para as empresas que atuam no Amazonas. Conversa Fiada e maledicente. Não há um centavo público sequer nas contas das empresas aqui instaladas. Quem diz o contrário e não comprove é promotor de fake news. Empregos e oportunidades Além de ser um dos empreendimentos que mais gera emprego no Amazonas e no Brasil, por exemplo, o setor de Duas Rodas, acusado de ser um dos apadrinhados, é aquele que tem atuado para assegurar milhares de empregos diretos na capital e no interior da Amazônia. Empresas como a MotoHonda da Amazônia ultrapassa os 5 mil empregos diretos em Manaus. D setor de bicicletas produziu perto de 1 milhão de unidades no último ano. Este polo de duas rodas gera mais de 14 mil empregos diretos sem depender de recursos do poder público.

Quem aguenta nosso custo Brasil?

Inviabilizar a compensação Fiscal do IPI significa perder a batalha do emprego para o narcotráfico, um dos empreendimentos que disputa mão de obra com as credenciadas da indústria espalhados pelo interior de Amazônia Esse concorrente não paga 1centavo de imposto e dissemina insegurança e terror em sua cadeia produtiva. Se nos calarmos hoje, iremos concordar com a tentação destrutiva por parte dos grupamentos interessados na desconstrução de Zona Franca de Manaus. Outro equívoco é afirmar que as empreses que fecharem suas fábricas em Manaus irão para o Sudeste e Sul do Brasil. Quem aguenta nosso custo Brasil?

Sem CNPJ nem BR 319

E importante esclarecer que, há décadas, as entidades de classe da indústria lutam pela diversificação de nossa economia. Em '9SS iniciamos a construção do CBA, Centro de 3io:ecnologia da Amazônia, com os recursos das empresas pagos à Suframa. 22 anos depois, com investimentos de US$120 mi, ainda não temos CNPJ que nos permitiria inaugurar o polo de Bioeconomia. Com ele, em 10 anos, dizem os especialistas, estaríamos produzindo e exportando produtos da biodiversidade amazônica dentro do parâmetro de sustentabilidade que usamos há meio século para gerar empregos e proteger a floresta. Bioeconomia supõe manter a floresta em pé com os recursos da Ciência e Tecnologia, com os quais produziremos em laboratório os itens que a humanidade precise.

Aplausos a Suframa

Eis porque somos o Estado com mais de 50% de nossa floresta transformada em unidades de conservação, assegurando que a Amazônia continue prestando serviços ambientais imprescindíveis ao planeta. Entretanto, não dispomos de Porto público, nossa energia é precária e onerosa e a comunicação de dados é inadequada e fonte de aborrecimentos. E a Rodovia-319, a despeito do empenho de Suframa - merecedora de intensos aplausos - em assegurar o CNPJ do CBA e o asfaltamento de nossa conexão rodoviária com o resto do país, estamos na expectativa de boa vontade da burocracia. E se o leitor prestou atenção até aqui, temos certeza, já descobriu os milhões de empregos que a economia da ZFM quer, sabe e precisa ofertar.

*economista, empresário, presidente do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Metalomecânica e de Materiais Elétricos de Manaus, conselheiro do CIEAM e vice-presidente da FIEAM.

Publicado em https://brasilamazoniaagora.com.br/zfm-a-urgencia-...

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