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[Artigo]: “Tive fome e me destes de comer”

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23/12/2021

Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’.

Livro de Mateus, 25,31-46.

Por Régia Moreira Leite

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O capítulo 25 do livro de Mateus, provavelmente, segundo alguns religiosos, é uma das mais perfeitas traduções da Solidariedade humana – o amor em movimento na relação com as pessoas – recomendada por Jesus, o fundador do Cristianismo e o arauto do preceito radical do amor ao próximo. Nesta quadra natalina, onde esse sentimento se torna mais avivado em nossos corações, é sempre um tempo propício para dizer basta ao embrutecimento que a vida às vezes tenta nos impor. E é muito importante e muito necessário prestar atenção neste risco, pois o embrutecimento é a mais tenebrosa raiz da violência que desembarca necessariamente na barbárie. E o melhor antídoto para esta mazela, mais do que nunca, é a adoção da ação solidária como razão de existir e persistir no mandamento cristão.

Este é o segundo Natal mais tenebroso de nossa caminhada de combate às mazelas e sequelas na pandemia da Covid-19. Entre elas, a fome e o abandono por parte de quem poderia e deveria aliviar tanto sofrimento. Nesta terça-feira, duas cifras descrevem este testemunho de insensatez que agrediu a consciência daqueles que pregam a justiça e fraternidade como fatores essenciais da dignidade humana. O Congresso Brasileiro, e suas articulações majoritárias, estipulou o salário mínimo de R$1,2 mil para os trabalhadores e majorou o fundo eleitoral para R$4,9 bilhões.

É constrangedor tecer mais comentários sobre essa barbaridade cívica, e reconhecer nesse gesto a desimportância do cidadão e sua família no rol das prioridades daqueles que alegam nos representar. Que este episódio, entre tantos outros, que traduzem a deterioração dos valores humanos e o descompromisso com a brasilidade, nos alertem para fazer do voto a arma da mudança e do repúdio à miserabilidade que se expande em todas as direções.

Em contrapartida, porém, temos razões robustas para acreditar nos atores de mais uma iniciativa das empresas do Polo Industrial de Manaus. Poucos sabem que somos a terceira planta industrial do Brasil e aquela que, comprovadamente, mais se envolve com a melhoria do perfil socioeconômico e de muito respeito aos parâmetros ambientais deste lugar que ocupamos com muito orgulho e zelo: a Amazônia. Na condição de investidor e produtor de riquezas, fizemos da floresta e de nossa gente nossa nova pátria e referência da responsabilidade ética, socioambiental e fiscal de redução das desigualdades regionais, através do Polo Industrial da Zona Franca de Manaus. Isso mesmo, temos um singelo orgulho de cumprir um papel de porta-estandarte da solidariedade como instrumento de melhoria do equilíbrio social que é preciso conquistar.

No começo deste mês de dezembro, a partir da Ação Social Integrada da Indústria da Zona Franca de Manaus, desencadeamos, com vigor e insistência, mais um movimento de Solidariedade, envolvendo as empresas instaladas em Manaus, seus fornecedores e parceiros, visando assegurar um Natal sem Fome ao menos para 3 mil famílias que temos atendido ao longo destes dois últimos anos de pandemia. Além de alimentos, EPIs e material de limpeza, produzimos e entregamos brinquedos e material escolar, fator de motivação do ensino para as crianças que as entidades parceiras atendem regularmente. Por nossas estimativas, antes que as festas de Natal se acabem vamos superar com folga essas estimativas.

É uma satisfação indizível a experiência de distribuir essas doações feitas pelas empresas do Polo Industrial de Manaus, muitas delas fabricadas carinhosamente por nossos colaboradores, todos eles voluntários assumidos e entregues a colaborar nesta obra de amor ao próximo. Aos colaboradores e empresários nosso preito de eterna gratidão. Sintam-se abraçados, especialmente, pelas crianças alcançadas, uma emoção, única, profunda, comovente e restauradora dos sentimentos que insistem em permanecer em nos. Trata-se de uma experiência pulsantes, uma rotina prazerosa de colaborar, mobilizar tantos corações e mentes que toparam a Ventura de traduzir – em conjunto e com alegria – o verdadeiro sentido do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, decididamente, podemos dizer “Ele está no meio de nós”.

Régia Moreira Leite é economista, empresária, conselheira do CIEAM e diretora-adjunta da FIEAM.

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