15/04/2020
Fonte: D24AM
José Jorge Junior disse ainda que este momento pode ser uma oportunidade para articulação e defesa aguerrida da Zona Franca de Manaus, criada para substituir a importação, dando prioridade à produção e ao consumo de produtos fabricados no Brasil.
“Abrir comercialmente é tudo o que outros países que estão na mesma situação querem. Precisamos pensar em um projeto e um plano de negócios para os próximos 20 anos. Pode ser uma grande oportunidade: o mundo vai ser assim, se voltar pra dentro de suas empresas e consumir os produtos produzidos dentro para gerar empregos, girar a economia”, afirmou.
Como representante de 33 empresas o setor de eletroeletrônicos – a maioria em Manaus -, responsável pelo emprego de 150 mil pessoas de forma direta, 500 mil empregos indiretos e mais de 1 milhão considerando a cadeia toda, José Jorge Júnior afirma que as grandes empresas, embora tenham algum fôlego, precisam da ajuda do Governo Federal para a manutenção do emprego, uma vez que produção, fornecedores e o consumo estão parados. “As pessoas estão comprando coisas para sobrevivência. Os bancos não estão dando vazão à injeção dos R$ 15 bilhões que o Banco Central liberou, cobrando taxas de juros altíssimas, de 15% em alguns casos, além de burocracias como a exigência de fiança”.
Durante a transmissão, o presidente do Corecon-AM, Francisco Mourão Jr, defendeu a necessidade de capital de giro para a indústria a fim de garantir a liquidez do mercado em geral. “Principalmente no nosso contexto de Zona Franca em Manaus, onde a indústria tem um peso considerável na empregabilidade”, afirmou.