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APDM planeja colocar Manaus entre os 5 maiores polos digitais do Brasil

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11/02/2020

Fonte: Jornal do Commercio

Antonio Parente

Como o objetivo de criar governança e unificar o ecossistema de tecnologia de informação e comunicação da cidade, APDM ( Associação Polo Digital de Manaus), surge como mais um reforço de oferecer soluções e novas alternativas econômicas ao PIM (Polo Industrial de Manaus). Além de centralizar e dar representatividade ao modelo, a meta é colocar a cidade entre os cinco maiores polos digitais do Brasil, nos próximos 10 anos. O lançamento oficial ocorreu ontem, (06), no auditório da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas).

Segundo a presidente da APDM, Vania Capela, com o ecossistema de tecnologia já implantado na cidade, a finalidade da associação é fortalecer e dar representatividade ao modelo, para que o segmento seja futuramente uma grande matriz de desenvolvimento econômico para a região.

“A cidade precisa se consolidar de forma sustentável para que não venhamos a depender sempre de leis de incentivos. É lógico que essas lei são importantes para alavancar, mas creio que precisamos usá-las para desenvolver novos modelos econômicos como o polo digital de Manaus. A cidade possui todos os elementos para desenvolver um polo de tecnologia. Para isso, ela precisa ter essa governança, e a partir dela criar um planejamento sólido de como podemos avançar até nos tornarmos uma grande matriz econômica para a cidade”, destacou.

Uma das frentes de trabalho da é fomentar atividades de negócios, incubação e aceleração de startups, por meio de capacitação tecnológica, empreendedorismo, workshops e eventos. Além disso, dará suporte a tendências como blockchain, big data, inteligência artificial, análise preditiva e internet das coisas. A expectativa é reunir mais de cem empresas associadas.

“A tecnologia hoje atravessa todas as áreas da economia. Para você trabalhar a bioeconomia, saúde, educação e transporte e soluções para cidade, você precisa da tecnologia da informação e comunicação. Ela faz parte da vida, é a base sólida que fará que todas as matrizes econômicas evolua”, disse.

Capital intelectual

Apesar da grande potencialidade que a região oferece de áreas e produtos que podem ser trabalhados o uso da tecnologia, Vania explica que em Manaus e no Brasil, ainda existe uma carência de capital intelectual e mão de obra qualificada para trabalhar dentro do segmento. A associação será formada por um conselho e voluntário especialistas que vão discutir a estrutura dos trabalhos e do planejamento estratégico para apresentar as ações concretas.

“Manaus têm um bom capital intelectual, mas precisamos aumentar essa quantidade, porque não adianta criarmos planos de crescimento de negócios se não tivermos pessoas capacitadas para desenvolver as soluções. É uma deficiência em Manaus e no Brasil inteiro e uma das ações que a associação vai trabalhar é nesse viés de capacitação de pessoas para termos a sustentabilidade do polo”, disse.

De acordo com um dos idealizadores da associação, o professor José Alberto da Costa Machado, a ideia de desenvolver uma frente de trabalho para fortalecer o polo digital, surgiu do desconforto dos profissionais envolvidos na temática tiveram com as grandes oportunidades oferecidas pela região que foram desperdiçadas ao longo dos anos. E exemplificou a quantidade de recursos que a Lei de Informática disponibiliza , que não são utilizadas da maneira certa para direcionar trabalhos concretos de desenvolvimento econômico da região.

“Nos últimos dez anos os recursos da Lei de Informática chegaram na casa dos bilhões. Com essa escala de recursos daria para fazer uma verdadeira revolução na área de tecnologia da informação, bioeconomia e economia digital. Se a Zona Franca acabasse hoje ou a lei terminasse agora não teríamos mais nada. Não enraizaram nada porque não temos um processo de governança para as aplicações e direcionamento desses recursos. A associação surge para dar rumo para essas oportunidade que são muitas. Falta sinergia entre os personagens envolvidos”, destacou.

Segundo Machado, a associação já nasce comprometida com as atividades do distrito de inovação no centro histórico de Manaus, na área de gerenciamento das ações estabelecidas pela prefeitura de Manaus e outros institutos de tecnologia. “Nós já estamos engajados para trabalharmos no distrito, com as parcerias e conjunto de dinâmicas que a prefeitura está trabalhando com outros institutos”, disse.

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