03/07/2014
Comércio aposta na injeção de receita no mercado consumidor de no mínimo meio milhão de reais com a antecipação da primeira parcela do 13º salário anunciada para este mês de julho, pago ao servidor público estadual e municipal. De acordo com a CDLM (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus) a expectativa é de que o comércio participe da antecipação do benefício trabalhista com até 15% e a indústria até 20%.
Segundo o presidente da CDLM, Ralph Assayag, a antecipação de valores de qualquer natureza servirá para recuperar o resultado negativo do comércio no mês passado e também para retomar o nível de crescimento estimado para o setor, média de 5% ao mês. “Qualquer dinheiro que entra é muito bom para o comércio. E num momento desse em que nós devemos ter um resultado negativo no mês de junho, quaisquer valores que vão entrar no mês de julho é positivo para que possamos voltar a fazer as vendas como antes”, avaliou.
Assayag torce para que a antecipação dos valores aconteça no âmbito estadual e municipal e, que ganhe a adesão da indústria local e do próprio comércio varejista. “O governo estadual anunciou, a prefeitura provavelmente deverá estar pagando. Vamos esperar que isso aconteça. O comércio, em torno de 12% a 15%, paga também e a indústria em torno de 15% a 20% paga normalmente”, disse.
No momento em que o comércio registra um desempenho negativo em relação a Copa do Mundo, a entidade de classe reconhece que o mundial favoreceu o setor de serviços, bares e restaurantes, incluindo o setor de turismo regional que ganhou visibilidade nacional e internacional e comemora o implemento de recursos financeiros aos trabalhadores, potenciais consumidores do varejo. “Para nós é muito bem-vindo esse valor porque tivemos um mês ruim de junho”, frisou Assayag.
Para o presidente da CDLM os dias em que o comércio permaneceu fechado durante os jogos da Copa somando os feriados ‘ponte’, foi o motivo principal da queda nas vendas do varejo em junho. “O número de feriados e paralisações foi muito grande e com isso tivemos semana de um dia de atividade no comércio, iniciando com o jogo do Brasil, no dia seguinte jogo em Manaus, no terceiro feriado e no quarto dia todo mundo enforcou. Uma semana de um dia é impossível se fazer venda”, conclui Ralph Assayag. Esse exemplo aconteceu na terceira semana do mês de junho, com o feriado nacional de Corpus Christi celebrado numa quinta-feira.
De acordo com o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, grande parte das empresas antecipam 50% do 13º salário nos meses de julho e agosto, inclusive para minimizar o impacto de obrigações trabalhistas e tributárias incidentes no fim de cada exercício fiscal. “O montante financeiro é muito alto para as indústrias e essa antecipação serve para descarregar o peso impactado em dezembro”, explicou.
Azevedo também ressaltou a importância da injeção do recurso financeiro no mercado onde as indústrias estão com seus produtos parados –reflexo da Copa do Mundo -e veem a possibilidade real de movimentar a economia amazonense. “O meio circulante aumenta e isso é muito positivo para o Estado do Amazonas como um todo. Inclusive na questão de circulação de mercadoria quando o nível de arrecadação aumenta e garante um reforço também aos cofres públicos”, concluiu.
Benefício antecipado
Os mais de 90 mil servidores públicos do governo do Estado recebem na folha de pagamento do mês de julho a primeira parcela referente ao 13º salário. A medida vai injetar na economia local mais de R$ 170 milhões, segundo dados da Sefaz-AM (Secretaria de Estado de Fazenda do Amazonas). O pagamento seguirá o calendário de remuneração do governo estadual.
A primeira parcela do benefício trabalhista corresponde a 50% do valor do salário do servidor e não contará com os descontos de encargos sociais. As deduções relativas ao IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) e ao Amazonprev (Fundo Previdenciário do Estado do Amazonas) só serão descontadas no pagamento da segunda parcela, em dezembro. Segundo o governador José Melo, a folha especial já estar sendo preparada pela Sefaz-AM.
“Essa será uma injeção de recursos importante para movimentar a economia na cidade de Manaus e no interior do Amazonas. Vai ser um giro muito importante da economia. Os servidores podem ficar tranquilos, ao final do mês de julho todos os servidores estaduais receberam o seu adiantamento da primeira parcela do décimo terceiro salário”, afirmou o professor Melo.
Dieese
Conforme estimativa do Dieese-AM (Departamento Intersindical e Estudos Socioeconômicos), um montante de R$ 1,6 bilhão —a título de 13º salário —foi injetado no ano passado na economia do Amazonas. O abono de fim de ano chegaria às mãos de 918 mil amazonenses, a valor médio de R$ 1.646,41.
O valor global do benefício, a ser pago no Estado, representa aproximadamente 1,1% do total do Brasil e 23,1% da região Norte. Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) estadual, o recurso soma uma fatia de 2,1%, de acordo com cálculos do Dieese.
Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatuários ficariam com 70,7% do montante do 13º salário do Estado, enquanto os pensionistas e aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) absorveriam 29,3%. Com menor representação, o empregado doméstico com carteira assinada deveria ficar com 1,3%.
Quanto aos valores, os trabalhadores formalizados embolsariam R$ 1,28 bilhão, os beneficiários do INSS ficariam com R$ 228 milhões, enquanto aos aposentados e pensionistas do Estado Regime Próprio caberiam 3,7% (R$ 58 milhões). Com sexto maior valor médio (R$ 1.646,41), o 13º salário do Amazonas ficaria abaixo do pago no Distrito Federal, Amapá, São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima.
Metodologia
Para chegar a todos esses valores, o Dieese considerou dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
Além disso, consideram-se dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente a 2012, e informações do MPAS (Ministério da Previdência e Assistência Social) e da STN (Secretaria Nacional do Tesouro).
Fonte: JCAM
Segundo o presidente da CDLM, Ralph Assayag, a antecipação de valores de qualquer natureza servirá para recuperar o resultado negativo do comércio no mês passado e também para retomar o nível de crescimento estimado para o setor, média de 5% ao mês. “Qualquer dinheiro que entra é muito bom para o comércio. E num momento desse em que nós devemos ter um resultado negativo no mês de junho, quaisquer valores que vão entrar no mês de julho é positivo para que possamos voltar a fazer as vendas como antes”, avaliou.
Assayag torce para que a antecipação dos valores aconteça no âmbito estadual e municipal e, que ganhe a adesão da indústria local e do próprio comércio varejista. “O governo estadual anunciou, a prefeitura provavelmente deverá estar pagando. Vamos esperar que isso aconteça. O comércio, em torno de 12% a 15%, paga também e a indústria em torno de 15% a 20% paga normalmente”, disse.
No momento em que o comércio registra um desempenho negativo em relação a Copa do Mundo, a entidade de classe reconhece que o mundial favoreceu o setor de serviços, bares e restaurantes, incluindo o setor de turismo regional que ganhou visibilidade nacional e internacional e comemora o implemento de recursos financeiros aos trabalhadores, potenciais consumidores do varejo. “Para nós é muito bem-vindo esse valor porque tivemos um mês ruim de junho”, frisou Assayag.
Para o presidente da CDLM os dias em que o comércio permaneceu fechado durante os jogos da Copa somando os feriados ‘ponte’, foi o motivo principal da queda nas vendas do varejo em junho. “O número de feriados e paralisações foi muito grande e com isso tivemos semana de um dia de atividade no comércio, iniciando com o jogo do Brasil, no dia seguinte jogo em Manaus, no terceiro feriado e no quarto dia todo mundo enforcou. Uma semana de um dia é impossível se fazer venda”, conclui Ralph Assayag. Esse exemplo aconteceu na terceira semana do mês de junho, com o feriado nacional de Corpus Christi celebrado numa quinta-feira.
De acordo com o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, grande parte das empresas antecipam 50% do 13º salário nos meses de julho e agosto, inclusive para minimizar o impacto de obrigações trabalhistas e tributárias incidentes no fim de cada exercício fiscal. “O montante financeiro é muito alto para as indústrias e essa antecipação serve para descarregar o peso impactado em dezembro”, explicou.
Azevedo também ressaltou a importância da injeção do recurso financeiro no mercado onde as indústrias estão com seus produtos parados –reflexo da Copa do Mundo -e veem a possibilidade real de movimentar a economia amazonense. “O meio circulante aumenta e isso é muito positivo para o Estado do Amazonas como um todo. Inclusive na questão de circulação de mercadoria quando o nível de arrecadação aumenta e garante um reforço também aos cofres públicos”, concluiu.
Benefício antecipado
Os mais de 90 mil servidores públicos do governo do Estado recebem na folha de pagamento do mês de julho a primeira parcela referente ao 13º salário. A medida vai injetar na economia local mais de R$ 170 milhões, segundo dados da Sefaz-AM (Secretaria de Estado de Fazenda do Amazonas). O pagamento seguirá o calendário de remuneração do governo estadual.
A primeira parcela do benefício trabalhista corresponde a 50% do valor do salário do servidor e não contará com os descontos de encargos sociais. As deduções relativas ao IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) e ao Amazonprev (Fundo Previdenciário do Estado do Amazonas) só serão descontadas no pagamento da segunda parcela, em dezembro. Segundo o governador José Melo, a folha especial já estar sendo preparada pela Sefaz-AM.
“Essa será uma injeção de recursos importante para movimentar a economia na cidade de Manaus e no interior do Amazonas. Vai ser um giro muito importante da economia. Os servidores podem ficar tranquilos, ao final do mês de julho todos os servidores estaduais receberam o seu adiantamento da primeira parcela do décimo terceiro salário”, afirmou o professor Melo.
Dieese
Conforme estimativa do Dieese-AM (Departamento Intersindical e Estudos Socioeconômicos), um montante de R$ 1,6 bilhão —a título de 13º salário —foi injetado no ano passado na economia do Amazonas. O abono de fim de ano chegaria às mãos de 918 mil amazonenses, a valor médio de R$ 1.646,41.
O valor global do benefício, a ser pago no Estado, representa aproximadamente 1,1% do total do Brasil e 23,1% da região Norte. Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) estadual, o recurso soma uma fatia de 2,1%, de acordo com cálculos do Dieese.
Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatuários ficariam com 70,7% do montante do 13º salário do Estado, enquanto os pensionistas e aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) absorveriam 29,3%. Com menor representação, o empregado doméstico com carteira assinada deveria ficar com 1,3%.
Quanto aos valores, os trabalhadores formalizados embolsariam R$ 1,28 bilhão, os beneficiários do INSS ficariam com R$ 228 milhões, enquanto aos aposentados e pensionistas do Estado Regime Próprio caberiam 3,7% (R$ 58 milhões). Com sexto maior valor médio (R$ 1.646,41), o 13º salário do Amazonas ficaria abaixo do pago no Distrito Federal, Amapá, São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima.
Metodologia
Para chegar a todos esses valores, o Dieese considerou dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
Além disso, consideram-se dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente a 2012, e informações do MPAS (Ministério da Previdência e Assistência Social) e da STN (Secretaria Nacional do Tesouro).
Fonte: JCAM
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