26/05/2014
Para o superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Nogueira, apesar dos percalços vividos pelo polo de duas rodas, que teve uma brusca redução na produção, a indústria amazonense tem o que comemorar. “Estamos vivendo um primeiro semestre aquecido, por conta da produção de itens ligados à Copa do Mundo, e o segundo semestre deve acompanhar o ritmo”, afirma.
Conforme Nogueira, por ser um ano eleitoral, 2014 segue com políticas públicas mais comedidas para o setor, contudo, não se configura como momento de estagnação econômica. “Registramos números maiores que a média nacional neste início de ano. As contratações também estão acontecendo.”, ressalta.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, avalia que, mesmo a indústria amazonense tendo avançado, ela precisa de um olhar mais estratégico do grupo político que for escolhido nas eleições deste ano, para comandar o país pelos próximos 4 anos. Silva alerta sobre “nuvens cinzas” sobre o Polo Industrial de Manaus (PIM).
“Vivemos o clima de uma Copa do Mundo, mas, qual será o legado disso? Estamos às vésperas de um pleito eleitoral, e quais serão os impactos disso? São muitos os pontos de interrogação. O dinheiro tem circulado e os empregos estão sendo gerados, mas, o que realmente se quer para o Amazonas?”, questiona.
Para o dirigente, os demais Estados brasileiros precisam sentir que o governo federal está mais incisivo quanto às necessidades do Amazonas e deixem se criar empecilhos para as políticas econômicas voltadas para o Norte do país. “Exemplo claro das dificuldades que a indústria do Amazonas enfrenta é a celeuma formada envolta da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que prorroga a Zona Franca de Manaus e expande seus benefícios para o interior do Estado. Levou muito tempo para ser apreciada e agora mais outra quantidade de tempo para sua votação em segundo turno”, critica.
Silva disse esperar que o novo governo, seja ele um reeleito ou não, foque no combate à inflação, e implante políticas públicas mais claras. “A carga tributária tem sido muito alta não só para a indústria, mas, também para o consumidor. O item infraestrutura é outro que precisa ser levado mais a sério. Ela não pode ser deixada de escanteio, como fizeram com o sistema aeroportuário que deixa a desejar”, aponta.
Fonte: Amazonas Em Tempo