A audiência pública para rever a tarifa da energia elétrica do Amazonas foi antecipada para a próxima quinta-feira. A reunião promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fornecerá dados para a nova estrutura tarifária que afetará 740 mil consumidores do Estado.

O local também foi definido e os cidadãos podem participar da audiência que vai ocorrer na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) das 14h às 18h.

A audiência estava inicialmente marcada para o dia 13, mas foi antecipada devido a ‘questões locais’, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A agência reguladora fez uma proposta inicial e quer reduzir a conta mensal dos consumidores do Amazonas. Com a nova revisão tarifária, que será feita após quatro anos, a Aneel propôs redução de 0,37% na conta dos consumidores residenciais e de 4,46% para as indústrias. O efeito médio é de -2,18% para vigorar a partir de 1º de novembro. Os índices finais serão conhecidos somente na audiência.

A revisão tarifária ocorre de quatro em quatro anos e está prevista nos contratos de concessão. O objetivo é estabelecer tarifas compatíveis com a cobertura dos custos operacionais eficientes e com uma remuneração adequada sobre investimentos realizados com prudência, de acordo com a Agência. O cálculo utiliza ainda o Fator X, que é o estabelecimento de metas de eficiência que serão expressas na tarifa.

A audiência também vai discutir a qualidade do serviço e os limites dos indicadores de continuidade de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) da Amazonas Energia estipulados para o período de 2014 a 2017.

Essa é a terceira revisão tarifária da Amazonas Energia. Na última revisão, a Aneel reduziu a tarifa dos consumidores residenciais de Manaus em 1,51% e 6,76% no interior, além de 9,06% para as indústrias e consumidores de alta tensão.

A Eletrobras Amazonas Energia anunciou que lançará uma campanha para combater as ligações clandestinas até a primeira quinzena de novembro. A empresa perde R$ 400 milhões por ano com os furtos de energia. 

O foco é na conscientização e esclarecimento da sociedade quanto aos famosos ‘gatos’ e terá alcance estadual. A informação foi confirmada pelo assistente da diretoria comercial da concessionária, Geraldo Pereira, o responsável pelo combate aos furtos de energia.

Segundo Pereira, o Amazonas tem o pior índice de perdas do Brasil, chegando a 32%. Esses dados também são considerados pela Aneel durante a revisão tarifária.

A Amazonas Energia está trabalhando para reduzir esses números e tem a meta de diminui-los em 29%, até 2017. A concessionária conta com um empréstimo da holding Eletrobras de R$ 200 milhões junto ao Banco Mundial para a modernização da rede, troca de medidores e transformadores.