13/09/2013
Aneel confirma proposta de redução da tarifa de energia elétrica no AM
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a proposta de redução média de 2,18% na conta de energia elétrica da revisão tarifária, que acontece a cada quatro anos. Em audiência pública realizada nesta quinta-feira, a agência reguladora defendeu o corte na tarifa para o consumidor residencial, empresarial e rural, levando em consideração a qualidade, custos e interrupções do serviço prestado no Estado.
A proposta ainda poderá ser alterada até o dia 1° de novembro, quando entrará em vigor. A redução para as contas de energia dos clientes residenciais (ou de baixa tensão) será de 0,37%, enquanto os consumidores de alta tensão, como as grandes indústrias e shoppings, por exemplo, poderá chegar a 5,65%. A informação é do diretor da Aneel, André Pepitone.
O presidente da Eletrobras Amazonas Energia, Marco Aurélio Madureira, se mostrou insatisfeito com o percentual proposto, ao alegar que a redução poderá inviabilizar a operação da concessionária no Estado. A holding Eletrobras já anunciou estudo para a venda de seis distribuidoras federalizadas.
“Atuamos em um Estado que tem uma complexidade grande e que possui uma das menores tarifas entre as empresas do Brasil. A proposta inviabiliza a empresa. Isso causa uma dificuldade em manter os investimentos, dificuldade em garantir uma qualidade do fornecimento. Sem dúvida, essa redução poderá trazer uma impossibilidade operacional”, argumentou o presidente da companhia.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, se mostrou cético quanto à redução da tarifa de energia, que ele considera difícil de se concretizar. “Se acontecer a redução, ela repercute nos custos de produção, pois é um item que deixa de onerar”, destacou Azevedo, que representou, ainda, o comércio e o setor primário.
Multas
Para sustentar a proposta de redução, o diretor da Aneel utilizou dados como o de tempo de interrupção do fornecimento de energia no Amazonas que, em 2012, foi de 65,6 horas, enquanto o aceitável pela agência é de 61 horas. Além disso, Pepitone informou que a Amazonas Energia foi alvo de 43 autos de infração nos últimos 13 anos, que somaram multas de R$ 68 milhões, ligadas à deficiência na manutenção da rede de distribuição e na demora de atendimento.
Em contrapartida, a concessionária alegou que contabiliza R$ 1,1 bilhão em perdas e registra um déficit anual médio de R$ 150 milhões. O presidente da companhia ressaltou, ainda, que precisará investir cerca de R$ 2 bilhões nos próximos anos nas interligações aos municípios do interior.
A audiência pública também serviu de palanque para a população criticar o serviço prestado na cidade. Foi o caso da presidente da Associação de Donas de Casa, Elisabeth Maciel, que se manifestou a favor da redução. “Precisamos de um serviço de qualidade, preço justo e, acima de tudo, respeito para nós que somos consumidores”, disse Elizabeth.
Fonte: Portal D24am.com.br
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