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Ameaça de greve dos transportes especiais compromete empresas do PIM, em Manaus

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28/05/2015

Depois de os servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) terem cruzado os braços, Wilson Périco, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), vê com preocupação a ameaça de greve aprovada pelo Sindicato dos Transportes Especiais, em assembleia geral para esta sexta-feira (29).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportes Especiais, Willian Enock, a greve deve paralisar 205 coletivos e 4 mil motoristas, prejudicando mais de 140 mil operários. Na opinião do presidente do Cieam, com a crise na economia e sucessivas quedas nos índices de produção e emprego dentro do PIM, o momento não é o ideal para brigar por salários, mas sim de garantir os empregos. “O PIM já está há muito tempo diminuindo a sua produtividade e, com esses impasses a tendência é de que diminua ainda mais”, lamentou Périco.

Após o anúncio da greve dos trabalhadores dos transportes especiais, o Sinfretam (Sindicato das Empresas de Transportes Especiais do Amazonas) divulgou nota, no fim da tarde de ontem, na qual lamenta a ameaça de greve. Segundo a nota, o Sinfretam recebeu a notícia da paralisação com preocupação, já que tem se mostrado aberto ao diálogo e disposto às negociações com os trabalhadores dentro do possível para não onerar o orçamento das empresas, nem precisar desligar funcionários.

Os trabalhadores exigem reajuste de 15% nos salários, que variam entre R$1.232 e R$1.750, na próxima data-base da categoria, no dia primeiro de junho. A proposta de 6%, para 1° de junho de 2015, e 2% em 1° de janeiro de 2016 feita pelos empresários foi rejeitada. O sindicato patronal argumenta, no entanto, que nos últimos cinco anos os reajustes sempre foram acima do valor da inflação brasileira.

Greve da Suframa


Périco afirmou ainda que as empresas do Polo Industrial de Manaus já começam a sentir os efeitos da greve dos servidores da Suframa, deflagrada na semana passada. “Algumas empresas estão sofrendo mais do que as outras. Depende muito do nível de estoque e da atividade que cada empresa desempenha”, disse.

Sem alternativas para agilizar a liberação de mercadorias para a indústria, o dirigente do Cieam afirma que assim que os estoques de insumos das fábricas terminarem, a produção será comprometida e o prejuízo pode chegar a R$ 300 milhões por dia de paralisação. “Não está nas nossas mãos. O governo federal tem que se predispor a dialogar com os servidores e dar uma solução. A tendência é piorar porque quanto mais tempo a greve demorar maiores serão os impactos”, avalia.

Até a próxima sexta-feira (29), Cieam deve ingressar com uma ação coletiva junto ao Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) contra a greve decretada na semana passada pelos servidores da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).

De acordo com o presidente, o objetivo da ação é garantir a prestação de serviços por parte da autarquia para evitar impactos na produção e no número de empregos gerados pelo PIM (Polo Industrial de Manaus). A greve foi deflagrada após uma emenda prevista na MP que garantia a reestruturação de carreira dos servidores ter sido vetada. A bancada amazonense em Brasília já trabalha pela derrubada do veto. Paralelamente, um projeto de lei que atende os pleitos dos trabalhadores apenas em 2016, está sendo articulado junto ao Mpog.

Paralisações de advertência


Além destes problemas, metalúrgicos de diversas fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus realizaram, durante esta semana, paralisações de advertência organizadas pelo Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas). Na segunda-feira (25), cerca de 420 trabalhadores da empresa Digitron da Amazônia, paralisaram as atividades por 90 minutos.

No dia seguinte foi a vez dos 380 servidores da Visteon Amazonas Ltda. cruzarem os braços, em ato que durou duas horas. Na semana passada, o Sindmetal também organizou greve de alerta na empresa Semp Toshiba, onde mais de mil funcionários também ficaram sem trabalhar por 90 minutos. Segundo o Sindmetal novas greves estão programadas para o mês de junho. Os metalúrgicos exigem participação nos lucros e resultados entre outros benefícios.

Fonte: JCAM


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