24/11/2015
O número de pessoas sem emprego vem avançado em função do momento econômico que o Amazonas e o Brasil enfrentam, com a indústria reduzindo a produção. A taxa de desemprego está galopante e crescendo trimestre a trimestre, segundo o disseminador de informação do IBGE no Amazonas, Adjalma Nogueira.
“A indústria não produz, o comercio não vende e não há prestação de serviços. Temos as três grandes atividades econômicas com fraco desempenho. À medida que há fraco desempenho, certamente o desemprego vem acompanhando e as empresas dispensam os trabalhadores”, disse Nogueira.
Entre julho e setembro de 2014, o Amazonas tinha 113 mil pessoas sem trabalho. Esse número pulou para os atuais 172 mil sem trabalho, um crescimento de 52,21%.
Ao longo de 2015, o número de pessoas desempregadas só vem aumentando. Entre o segundo e o terceiro trimestre do ano a quantidade de pessoas sem emprego saltou de 160 mil para 172 mil.
O terceiro trimestre também tem outro dado preocupante, a taxa de desemprego, que chegou a 10%. Diferente do que geralmente ocorre, com uma taxa de desemprego maior no começo do ano, em 2015 ocorre o oposto. “Deveríamos estar em alta produtiva, onde a taxa desocupação deveria ser menor. As fábricas não estão produzindo como ocorria. Essa taxa não é comum e aceitável para o período”, afirmou Adjalma Nogueira.
A taxa de desemprego atual está muito acima do mesmo período de 2014, quando o índice foi de 6,7%. O Amazonas tinha registrado taxa de desemprego maior que 10% no segundo trimestre de 2013, quando o resultado foi de 10,1%.
Ao longo de 2015, a taxa também só se expandiu. Começou o primeiro trimestre em 9,4%, passou para 9,5% e chegou a 10%.
Carteira assinada
A redução no número de trabalhadores com carteira assinada é outro sinal do mau momento da economia amazonense. Se no terceiro trimestre de 2014 o Amazonas tinha 414 mil pessoas trabalhando formalmente, esse número caiu para 379 mil no mesmo período de 2015, uma diferença de 8,45%.
A alternativa tem sido migrar para o trabalho por conta própria. “O camarada não encontra espaço no mercado e vai para o trabalho por contra própria ou vai abrir seu próprio negócio”, disse Nogueira.
Segundo a Pnad, o Amazonas tinha 458 mil pessoas trabalhando por conta própria no terceiro trimestre de 2014. Esse número passou para 495 mil no mesmo período de 2015, uma diferença de 37 mil pessoas trabalhando por conta própria.
Fonte: Portal D24am.com