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Amazonas se destaca no Ranking de Competitividade dos Estados

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05/10/2021

Andréia Leite

O estado do Amazonas, apresentou destaque positivo na edição do “Ranking de Competitividade dos Estados” 2021 divulgado nesta quinta-feira, 30, pela CLP (Centro de Liderança Pública) em parceria com a Tendências Consultoria e a Seall, startup de gestão estratégica de impacto socioambiental e econômico.

O Amazonas se sobressaiu em relação aos demais estados, sendo o segundo que mais subiu posições, saindo da 14ª para a 11ª colocação. Desta vez, contribuiu para o bom desempenho a melhoria de sete posições no pilar de Sustentabilidade Ambiental (12ª colocação), de três em Eficiência da Máquina Pública (5ª colocação) e de três no Potencial de Mercado.

No radar de sustentabilidade ambiental a melhoria vem da conservação que o Amazonas ainda detém. “Boa parte de seu território é bem conservado e isso se deve a um trabalho coletivo que envolve sociedade civil e poder público. Há uma base positiva constituída com a existência de unidades de conservação, terras indígenas e territórios quilombolas, assim como um esforço de se buscar a constituição de boas práticas de manejo do território e seus recursos naturais através da gestão participativa”, considera Carlos Durigan, diretor da WCS-Brasil (Associação para Conservação da Vida Silvestre)

No entanto, muito ainda há que se fazer para melhorar, pois ainda convivemos com uma grande e grave situação de desigualdade social e de oportunidades que por sua vez levam a este cenário de conflitos sociais e insegurança.

Ele acredita que para continuar evoluindo neste tipo de avaliação, o Amazonas tem que fortalecer suas políticas públicas voltadas à constituição de uma agenda forte atrelada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, instituída no âmbito da ONU. Também precisa gerar segurança e governança territorial, pois, apesar de possuir boa parte de seu território conservado, “já vemos crescer nos últimos anos o desmatamento e a degradação, que por sua vez contribuem para que componentes relacionados a questões sociais e sanitárias sejam cada vez pior avaliados”.

Os números mostram que o estado conseguiu avançar no Ranking pelo quarto ano consecutivo. Desta vez, contribuiu para o bom desempenho a melhoria de sete posições no pilar de Sustentabilidade Ambiental (12ª colocação), de três em Eficiência da Máquina Pública (5ª colocação) e de três no Potencial de Mercado, o que colocou o estado pela primeira vez como o melhor do país neste pilar. Por outro lado, perdeu oito posições no pilar de Segurança Pública (20ª colocação) e duas em Sustentabilidade Social (24ª colocação).

Apesar dos índices positivos, o Amazonas também perdeu oito posições no pilar de Segurança Pública (20ª colocação) e duas em Sustentabilidade Social (24ª colocação).

Na contramão dos índices

Na outra direção, o especialista em gestão ambiental e coordenador executivo da FVA (Fundação Vitória Amazônica), Fabiano Silva, diz que a indicação em que o estado absorveu melhoria nos três pilares não condizem com a realidade, mas defende que no pilar de potencial de mercado no contexto da Covid o Amazonas demonstrou um grande capacidade de turismo ao ar livre, de hotéis de selva de esportes na natureza. “Eu acho que foi uma tendência mundial de pessoas que vivem nos grandes centros migrarem para o interior, o que ativou uma série de serviços de turismo de visitação de lazer. Isso me parece bastante adequado e aderente ao que eu tenho observado especialmente na minha experiência de trabalho na região de Novo Airão”.

Já em relação à questão da sustentabilidade ambiental, Silva diz que é mais complicado por não conhecer a composição do índice, mas acha estranho, principalmente em função dos grandes índices de incêndios florestais que tivemos nos últimos dois anos e este ano parece que a tendência segue o mesmo curso. “Não tenho informação sobre que vertente e aspecto do Estado de fato teve esse avanço tão significativo de sete posições nesse indicador”, reitera.

Sobre a máquina pública ele também questiona que é outro elemento que não ele não avalia de forma tão concreta, principalmente em função da morosidade e ineficiência do Estado na condução da gestão da pandemia. “Não consigo perceber quais foram os índices desses indicadores que de fato avançaram”.

Quanto à queda dos indicadores, principalmente em relação à segurança pública, que perdeu oito posições, ocupando a 20ª colocação, ele avalia que obviamente tem um problema crescente e se estruturando cada vez mais em relação à área de atuação. Em fução do tráfico internacional de drogas, das ações ilícitas na Amazônia de garimpo, de exploração ilegal da biodiversidade, então me parece bastante adequado essa queda e uma lástima na realidade num moemento em que achavámos que Estado estava caminhando para uma boa avaliação geral.

Acerca da sustentabilidade social ele entende que a desconstrução de certas políticas públicas de apoio, de assistência técnica rural, a deficiência dos órgãos no atendimento dessas políticas socioambientais não melhoraram e vê como um prejuízo nesse índice.

Fonte: JCAM

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