22/01/2014
Sozinha a China corresponde a 39,56% e um total de US$ 5,6 bilhões em importações. Ao todo foram US$ 14,1 bilhões em importações em 2013, o que resultou em um saldo negativo de (-)US$ 13 bilhões na balança comercial do Estado.
Valores esses já registrados pelo Mdic. Os outros países que mais exportaram para o Amazonas foram a Coréia do Sul, que corresponde 16,89% do total com US$ 2,4 bilhões e os EUA, correspondendo a 10,5% com US$1,4 bilhão. No entanto, ao contrário dos asiáticos, o país norte americano sofreu redução -1,10% no número de importações ano passado.
Segundo o economista Nogueira Rezende, esse crescimento se dá devido ao fato dos fabricantes de insumos nacionais não conseguirem acompanhar a evolução tecnológica dos concorrentes asiáticos. “Além disso a produção em larga escala feita em países como a China faz com que o preço do produto seja muito mais barato que o praticado pelas empresas do PIM. Fazendo os fabricantes de bens finais priorizarem as importações”.
Samsung e LG lideram
Líder no mercado de televisores a LG apresenta um crescimento de 61% nas importações em 2013 e ocupa hoje a segunda posição nas importações correspondendo a 8% de tudo que é importado no PIM, com US$ 1,1 bilhão em importações ano passado. Em 2012 foram US$ 697 milhões. “Os novos formatos de televisores utilizam menos plástico e ainda aumentam as importações, não tem como o setor não sentir”, destaca o presidente da Aficam, Cristovão Marques.
A Samsung, empresa que mais importou em 2013, teve um crescimento de 30,22% em relação aos números de 2012.
Foram US$ 2,06 bilhões no ano passado, contra US$ 1,58 bilhão no ano retrasado. A terceira colocada da lista, a Moto Honda, importou US$ 658 milhões, -22,06% em relação a 2012. A justificativa é o baixo desempenho do setor de duas rodas.
Crescimento preocupa
O crescimento das importações vindas da China já são sentidas há algum tempo pelo setor componentista do Polo Industrial de Manaus. A Aficam (Associação dos Fabricantes de Insumos e Componentes do Amazonas) já questionou a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e o governo do Estado sobre a redução do número de empresas componentistas no PIM em 2013, números que segundo a associação devem se manter em 2013. “Fábricas de chicote, por exemplo, eram cinco e agora só tem duas. As empresas compram tudo da China e geram empregos lá ao invés de gerar aqui na região. É isso que acontece”, lamenta Cristovão Marques.
Cristovão critica a demora para resolução das questões que envolvem os PPBs (Processos Produtivo Básico) e cobra uma atitude mais energética do governo do Estado. Para Cristovão o Estado deveria tomar o controle da situação e dar isenção de ICMS apenas a quem utilizar primordialmente consumo local. “Estado dá injeção de ICMS. Então vai ter que comprar manual, papelão, chicote, plástico, tudo em Manaus. Não precisa de PPB, de Suframa, de Brasília. Basta o Estado tomar o controle da situação e agilizar o processo”, cobra.
Os PPBs negociados pela Suframa junto ao Mdic preveem cláusulas que comprometam os fabricantes de bens finais a comprarem um maior volume de insumos nacionais, em substituição ao elevado nível de importação feito hoje, adensando a cadeia produtiva local e também mudanças no sistema de pontuação utilizado hoje.
Exportações
A exportação encerrou o ano com crescimento de 7,02% e US$ 1 bilhão exportado. A Argentina foi o principal país a importar produtos da Zona Franca, com US$ 283 milhões e um crescimento de 16,06% no ano passado. Seguido pela Venezuela com US$ 198 milhões e crescimento de 50% e Colômbia com US$ 101 milhões e uma retração de – US$ 25,5%. A empresa que mais exportou em 2013 foi a Recofarma com US$ 287 milhões, um crescimento de 45%. Seguido da Moto Honda com US$ 183 milhões, mais 16,20% e a Procter Gamble com 116 milhões e um crescimento de 3%.
Fonte: JCAM