25/08/2014
No Amazonas, os recursos são necessários para 97 projetos prioritários de infraestrutura. Somente para a Região Metropolitana de Manaus, os investimentos somam R$ 4 bilhões e incluem a implantação de corredor expresso ou Bus Rapid Transit (BRS), construção e adequação de terminal de passageiros, construção de infraestrutura para monotrilho ou Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), construção e adequação de vias urbanas e de plataformas de ônibus e terminais de passageiros.
O estudo elenca 2.045 projetos prioritários de infraestrutura de transporte em todo o País, abrangendo os modais, tanto na área de cargas como na de passageiros.
O objetivo, segundo a instituição, é contribuir para alavancar o desenvolvimento do País, reduzir os custos logísticos, aumentar a competitividade dos setores produtivos e permitir mais segurança e desempenho aos transportadores e à população. “São intervenções condizentes com o desenvolvimento econômico e social desejado ao Brasil, abrangendo a modernização e a ampliação de rodovias, aeroportos, portos, hidrovias, ferrovias e também dos terminais de cargas e de passageiros”, afirma o estudo.
O levantamento permite identificar o caminho a seguir para um sistema de transporte condizente com o desenvolvimento desejado para o Brasil.
“Uma significativa parcela da infraestrutura de transporte, em todas as modalidades, encontra-se obsoleta, inadequada ou ainda por construir. Algumas delas operam no limite ou mesmo acima da sua capacidade, enquanto outras carecem de manutenção”, conclui o estudo. Segundo análise da CNT, essa situação representa um entrave ao crescimento do País e gera reflexos negativos, como aumento do tempo de viagens, maior custo operacional, aumento do número de acidentes e dos níveis de emissão de poluentes.
Modais
Em 2013, a navegação interior - que utiliza vias navegáveis como rios, lagos, canais, lagoas, baías, angras, enseadas e áreas marítimas abrigadas - movimentaram, no Amazonas, 3,8 milhões de toneladas, 4,7% do total movimentado pelo modal no País, R$ 80,3 milhões de toneladas.
Para melhorar a capacidade desse modal, o Estado precisaria investir R$ 6 bilhões na adequação de 11,7 mil quilômetros (km) de hidrovias e implantação de um quilômetro de dispositivo de transposição.
Já o modal rodoviário necessita de pelo menos R$ 13,9 bilhões em investimentos. Entre os projetos sugeridos, estão a adequação de 322 km de rodovias, 533 km de vias urbanas, 578 km de recuperação do pavimento de rodovia, construção de 1,1 mil km de rodovias e de 31 km de vias urbanas, além da implantação de 26 km de corredor expresso ou BRT e a pavimentação de 1,4 mil km de rodovias.
A movimentação de cargas nos 16 terminais portuários do Amazonas somam 21,6 milhões de toneladas. Entre as melhorias indicadas pelo estudo da CNT, estão a construção de cinco portos no Estado que somam investimentos de R$ 729,6 milhões.
Seriam necessários, ainda, a construção de 48 terminais de cargas no interior do Estado e de dois terminais de passageiros que somam R$ 1,5 bilhão em investimentos.
Sem nenhuma alternativa ferroviária, o Amazonas precisaria aplicar R$ 2,15 bilhões na construção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou monotrilho.
O modal aéreo movimenta no Estado 168,3 milhões de quilos de cargas e 3,2 mil passageiros em três aeroportos. Na avaliação da CNT, seriam necessárias a ampliação de três aeroportos, da estrutura de carga de um aeroporto e a melhoria na pista de quatro aeroportos. Os projetos somam R$ 268,9 milhões.
De acordo com a CNT, a implementação dos projetos pode receber um impulso a partir da participação da iniciativa privada. Conforme a conclusão do plano, “a retomada dos investimentos públicos em infraestruturas de transporte, em anos recentes, apesar de assinalável, não tem sido suficiente para ajustar a oferta de transporte às demandas existentes e previstas”. E a execução dos investimentos também tem estado aquém dos valores planejados e autorizados. “Torna-se assim mais importante a participação da iniciativa privada nesses projetos de infraestrutura de transporte”, destaca o estudo.
Fonte: Portal D24am.com