Nos sete primeiros meses de 2014, o Amazonas apresentou um dos piores resultados na geração de empregos entre os Estados da Região Norte, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (21).

Conforme a pesquisa, na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, houve decréscimo de 4.664 postos de trabalho, queda de 0,98%, em relação ao mesmo período do ano passado. O Estado ficou à frente apenas do Amapá, que registrou queda de 2.129 vagas de empregos (-2,59%), no mesmo período.

Em julho, conforme o Caged, o Estado apresentou o penúltimo pior desempenho do Norte, com a criação de apenas 20 novas vagas de empregos, em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O Amazonas superou apenas o Estado de Roraima, que registrou queda de 62 empregos celetistas.

Os resultados de julho no Estado só não foram mais críticos porque, segundo o levantamento, ocorreu leve crescimento nas vagas de emprego nos setores do Comércio, com criação de 383 novos postos, da Agropecuária, com 277, e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública, com 45.

O bom resultado do comércio, segundo o presidente da Associação Comercial do Amazonas (Aca), Ismael Bichara, deve-se ao fato de no mês de agosto e setembro haver o dissídio coletivo, sendo que o setor não pode fazer demissões nesse período. “As lojas anteciparam as demissões e contratações em julho. Além disso, o mês de agosto é atípico porque terá cinco sextas-feiras e cinco sábados. Isso alavancará as vendas e os empregos”, afirmou.

Já o saldo negativo da construção civil, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Construção Civil (Sinduscon), Eduardo Lopes, é reflexo do desaquecimento do setor, que há mais de três meses vem apresentando queda. “Estamos na expectativa que esse segundo semestre seja melhor por conta do período do verão”, revelou.

Fonte: Amazonas Em Tempo