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Amazonas lidera queda do PIB em dois anos, aponta estudo

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07/02/2017

O Amazonas teve a maior queda acumulada de Produto Interno Bruto (PIB) do País, entre os anos 2015 e 2016, com recuo de 12,2% na geração de riquezas em todas as atividades econômicas. A informação faz parte do estudo da Tendências Consultoria Integrada, divulgada nessa segunda-feira (6), pelo jornal O Globo. Segundo a consultoria, o Amazonas, assim como São Paulo, é um Estado bastante industrializado e, portanto, mais sensível aos ciclos econômicos.

Os dois anos de recessão que o País amargou em 2015 e 2016 fizeram a economia de 12 Estados mais o Distrito Federal retroceder ao patamar do início da década, segundo a Tendências. De acordo com as projeções do economista Adriano Pitoli, o PIB de todas as 27 Unidades da Federação encolheu neste biênio. E, para 13 delas, o tombo foi tão grande que anulou a expansão vivenciada entre 2011 e 2014. Ou seja, o PIB desses Estados e do DF está hoje de um tamanho menor do que o registrado ao fim de 2010.

Segundo os cálculos da Tendências, as perdas mais expressivas ocorreram nos quatro Estados do Sudeste, no Rio Grande do Sul e Paraná, no Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e na Bahia, além do Distrito Federal. Ou seja, o estudo mostra que a recessão que atingiu o Brasil foi disseminada, afetando tanto as regiões mais ricas do Sudeste e do Sul, como Estados do Nordeste. Os números oficiais dos PIBs estaduais são medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas os últimos dados disponíveis são de 2014.

De acordo com o estudo, o PIB do Amazonas caiu 5,3% em 2016 e 7,4% em 2015. A queda acumulada nos dois anos foi de 12,2%, a maior do País, segundo a consultoria.

O superintendente adjunto de Planejamento da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Marcelo Souza, disse ao Globo que o setor industrial no Amazonas é vinculado diretamente ao comércio e serviços e, por isso, o desemprego no Polo Industrial de Manaus provoca um efeito dominó na economia do Estado. Segundo Souza, a recessão levou a indústria a demitir 30 mil pessoas.

“Em casos de recessão, as empresas do polo reduzem os quadros momentaneamente, para manterem as plantas em funcionamento. São sempre as últimas a entrar na crise e continuam se mantendo fortes, porque têm incentivos fiscais garantidos em Constituição. Mas, como 95% do faturamento delas vêm do mercado interno e a demanda caiu muito, as demissões foram necessárias”, afirmou o superintendente adjunto. A reportagem do Globo destaca que o Polo Industrial é responsável por 92% da receita do Amazonas.

O quadro atual é de cerca de 80 mil funcionários nas 600 empresas e a estimativa é que encerrem 2017 com adição de outros 20 mil trabalhadores. Em sua melhor fase, o complexo chegou a ter 130 mil empregados

A economia paulista padece por razão semelhante. Segundo o estudo da Tendências, o recuo acumulado em 2015 e 2016 foi de 6,9%.

Fonte: Portal D24am.com

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