23/12/2015
Para o gerente-executivo do Centro Internacional de Negócios do Amazonas (CIN-AM), Marcelo Lima, o caso do Vietnã é pontual. “O mercado para o Vietnã é ascendente já há alguns anos e foi alavancado pela flutuação cambial do dólar, que foi favorável a eles. Os números dessa movimentação no Amazonas são animadores e espero que se mantenham em tempos melhores”, explica.
Como principais atrativos (e também os que mais vêm sofrendo restrições) estão os produtos amazônicos, de alimentos a biojoias, passando pelos fármacos. “A Ásia está de olho nos produtos da floresta, mas estes produtos passam por várias barreiras, principalmente fitossanitárias. Enquanto isso, os minérios sofrem uma queda, como o nióbio que teve a compra freada pela China que depende do 100% do minério estrangeiro para alimentar sua imensa indústria de aço”, alerta. Em agosto as quedas foram de 60%, motivadas pela desestabilização econômica daquele país.
Em números gerais, o gigante asiático, entre janeiro e dezembro de 2015, reduziu suas importações em 51,88%. Foram US$ 13,7 contra US$ 28,6 no mesmo período do ano passado.
Mais missões
Missões comerciais de prospecção de mercados foram essenciais para o sucesso de algumas empreitadas da indústria amazonense. “Para alavancar esse comércio com os asiáticos, por exemplo, a melhor proposta são as missões que realizamos frequentemente”, comenta Lima.
Para 2016, outras missões já estão agendadas. “Como esperamos que o próximo ano seja de melhoras, o que pode ser alcançado com o setor de duas rodas, por exemplo, novas missões seguirão para a Europa e México, EUA e outros. Retomaremos as conversas com o Panamá que há um tempo estavam estagnadas. Começaremos já em janeiro a trabalhar isso”, afirma.
O mercado americano é um dos que precisam de maior esforço dos exportadores amazonenses que optem por alternativas aos tradicionais produtos do Polo Industrial de Manaus (PIM). “Poucos conseguem driblar as barreiras dos EUA, e nem falamos de tributos. O entrave fica na certificação de produtos da Amazônia por conta da FDA (Food and Drug Administration ou Administração de Comidas e Remédios em português)”, ressalta Lima.
Fonte: JCAM