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Amazonas entre as maiores altas no consumo de energia

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30/12/2022

Por Andréia Leite

Diferente dos resultados nacionais, o Amazonas registrou alta de 8% no consumo de energia elétrica. Os dados são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) em referência ao mês de novembro.

A nível de comparação, depois da alta em outubro, o Brasil consumiu 64.877 MW médios de energia elétrica em novembro, volume 1,2% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. O mercado livre, em que as grandes indústrias e empresas contratam seu fornecimento das geradoras ou comercializadoras, registrou crescimento de 2,2% no comparativo com 2021. O resultado, porém, não foi suficiente para compensar a queda de 3,1% do ambiente regulado, no qual as distribuidoras vendem o insumo para as residências e o médio ou pequeno comércio.

Ricardo Gedra, gerente de Análise e Informações ao Mercado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, comentou sobre o reflexo do levantamento no Amazonas. Segundo ele, no Amazonas, tivemos dois fatores principais que influenciaram a alta do consumo. “O primeiro refere-se à temperatura, que na maior parte do país foi mais baixa do que a média, mas no Estado foi ligeiramente acima, fazendo com que haja maior utilização de aparelhos como o ar-condicionado. O segundo fator foi um aumento registrado na indústria de manufatura, que é um segmento importante na economia do Estado e que pode ser atribuído ao aumento da produção de eletrônicos, especialmente televisores, motivado por movimentos como a Copa do Mundo de futebol, além da preparação de estoques para o período de maiores vendas no comércio”, explicou.

Para a organização, os dados refletem temperaturas abaixo da média histórica em boa parte do Brasil, sobretudo na primeira quinzena. Com dias mais frios, há a menor necessidade de acionamento de equipamentos de refrigeração, como aparelhos de ar-condicionado.

Desconsiderando o efeito das migrações de consumidores entre os segmentos, o mercado regulado teria apresentado uma retração mais suave, de 1,6%, enquanto o ambiente livre teria invertido sua posição de crescimento, com uma queda de 0,4% no resultado. A indústria têxtil, o comércio e o ramo de minerais não-metálicos foram os principais impactados por uma menor demanda por eletricidade.

Além disso, caso não houvesse a micro e minigeração distribuída, ou seja, os painéis solares fotovoltaicos instalados em residências e nos estabelecimentos comerciais, o mercado das distribuidoras teria registrado uma redução de apenas 0,1%.

Consumo regional

Em novembro, a região Norte e parte do Centro-Oeste registraram altas, além do Maranhão, que teve o maior crescimento, de 28%, seguido por Rondônia (15%) e Amazonas (8%). Enquanto isso, o Sul, uma parte da região central e quase todos os Estados do Sudeste e do Nordeste tiveram queda. As maiores baixas foram observadas em Pernambuco e Mato Grosso do Sul, ambos com declínio de cerca de 9%, seguidos pelo Paraná (-7%).

Geração de energia

As hidrelétricas chegaram ao final do período seco e início do ciclo chuvoso com aumento de 20,2% na geração de energia, no comparativo com novembro de 2021. Enquanto isso, a produção das térmicas caiu 58,4%. Mais uma vez, o período foi favorável para a produção das renováveis, com avanço de 47,7% das fazendas solares fotovoltaicas e 1% dos parques eólicos.

Fonte: JCAM

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