27/01/2020
Fonte: Acrítica
O Amazonas criou 11,1 mil empregos com carteira
assinada em 2019, conforme dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), do
Ministério da Economia, divulgado nesta sexta-feira (24).
O crescimento do saldo de estoque do ano é de
aproximadamente 2,5% comparado ao registrado em
2018. O levantamento aponta que o Brasil encerrou 2019
com o maior saldo de empregos formais em números
absolutos desde 2013
Em 2019, foram 152.027 admissões e 140.898 demissões no Amazonas. O saldo (diferença entre admissões e demissões) foi de 11.129 empregos. “Nós esperávamos um saldo positivo no ano de 2019 em fundação de que, desde o final de 2018 e início de 2019, estamos em um crescimento contínuo no emprego em todo o país.
Nesse período, já conseguimos recuperar com carteiras
assinadas a nível nacional em torno de 650 mil novos
empregos. O Amazonas, com o saldo de 11 mil novos
empregos, foi o 6º estado do Brasil que teve o melhor
saldo positivo de empregos“, declarou o
superintendente regional do trabalho no Amazonas,
Gilvan Motta.
Desde dezembro, Arianny Maciel, de 16 anos, trabalha
em uma empresa de segurança, vigilância e transporte contou.
Resultado negativo
No mês de dezembro, segundo Caged, o estado
encerrou com o total 8.642 contratações contra 12.599
desligamentos e o saldo negativo de 3.957. No mesmo
mês de 2018, o salto também foi negativo, com menos
1.602 empregos. “Todos os anos isso acontece no mês de dezembro. É
tradicional e acontece a nível nacional. O comércio e a
indústria começam a contratar a partir de setembro e
vão aumentando as contratações, especialmente, de
trabalhadores temporários para atender a demanda das
festas de final de ano. Se contrata muito antes e depois
das festas acontecem os desligamentos”, explicou o
superintendente.
Por setores
O setor de serviços foi o que teve a maior perda na
geração de empregos no mês de dezembro no estado,
com 3.122 admissões e 4.759 demissões, resultando em
um saldo de menos 1.637 postos de trabalho. A indústria
também apresentou resultado negativo com 1.374
contratações e 2.820 desligamentos, tendo como saldo
negativo 1.473 empregos. Com exceção da
administração pública, todos os demais setores
apresentaram perdas no mês de dezembro.
Nacional
O Brasil registrou a criação de 644 mil vagas de
emprego formal no ano passado, 21,63% a mais que o
No comércio, foram 145,4 mil novas vagas e na
construção civil, 71,1 mil. O menor desempenho foi o da
administração pública, com 822 novas vagas.
No recorte geográfico, as cinco regiões fecharam o ano
com saldo positivo. O melhor resultado absoluto foi o da
Região Sudeste, com a criação de 318,2 mil vagas. Na
Região Sul, houve abertura de 143,2 mil postos; no
Nordeste, 76,5 mil; no Centro-Oeste, 73,4 mil; e no
Norte, 32,5 mil.
De acordo com o Caged, o saldo foi positivo para todas
as unidades da federação, em 2019 e também houve
aumento real nos salários. No ano, o salário médio de
admissão foi de R$ 1.626,06 e o salário médio de
desligamento, de R$ 1.791,97
Personagem
Após a terceira entrevista de emprego, Adilson Franco Maia, de 30 anos, conseguiu a tão sonhada recolocação no mercado de trabalho no final de 2019. Desde 2012, ele trabalha como técnico de informática e telecomunicações. No ano de 2019, atuou durante seis meses na área da saúde, sem o registro em carteira. “Fiquei desempregado e durante dois meses fiquei procurando emprego. Em um grupo de emprego, em uma rede social, foi compartilhado uma oferta de vaga na minha área e enviei meu currículo para empresa“, disse.
Diante da escassez de oportunidades na área de T.I, ele
buscou empregos em outras áreas como vendas. “Uma
das entrevistas foi na área de vendas, porém não tenho
experiência. É difícil ter essa experiência por conta do que surgiu, mesmo sem ter a carteira assinada, e eu
queria ter no meu currículo a experiência de
coordenador para somar a outras áreas”, contou.