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AM tem segunda maior perda de vagas

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26/04/2017

Nos últimos doze meses, o Amazonas perdeu mais de 12 mil vagas de emprego com carteira assinada. O resultado foi o segundo maior da região Norte, que só ficou atrás do Pará, com saldo negativo de 38 mil. No total, foram 136,4 mil trabalhadores admitidos no Estado contra 148,4 mil demissões no período. O setor de serviços lidera o resultado negativo com 5,4 mil vagas a menos, seguido pela construção civil com -2,6 mil e indústria com -1,8 postos fechados. Já em março, foram encerrados 1,7 empregos formais e no primeiro trimestre deste ano, o saldo negativo chega a 4,9 mil. Em 2016, o mesmo mês encerrou 3,5 mil vagas e de janeiro a março foram fechados 11,2 mil postos de trabalho. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Na avaliação do economista, Francisco Mourão Júnior, os números negativos registrados pelas principais atividades amazonense ainda são resultados do desiquilíbrio econômico e político dos últimos meses. Ele explicou que o fato do consumidor ter cautela com os gastos e cortar logo itens de serviços atinge em cheio o setor, que liderou as demissões no período. "Se antes ele ia ao salão de beleza todo final de semana, reduz para no máximo duas vezes por mês e o mesmo acontece em relação as saídas para almoços ou jantares. Isso reflete no faturamento e consequentemente nas contratações e demissões da empresa", avaliou o especialista, acrescentando que muitos demitidos partiram para o empreendedorismo com intuito de se realocar no mercado, tornando setores como de serviços mais competitivo.

Ele comentou que apesar dos indicadores ruins é importante destacar que são menores em relação ao ano passado e acredita que as medidas tomadas pela equipe econômica do país devem contribuir para um desempenho positivo do Estado ainda em 2017.

"Em uma análise geral, tem boas medidas como a da redução de taxa de juros e da injeção do dinheiro sacado das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) que devem sim incentivar a economia. Já é possível perceber uma melhora que deve ser tendência, ainda vamos aguentar até o meio deste ano, mas acredito que segundo semestre tenhamos bons resultados, incluindo contratações para atender os pedidos de fim de ano", projetou Mourão.

Segundo os dados, a atividade de serviços puxou o resultado negativo com 5,4 mil vagas fechadas de fevereiro de 2016 a março de 2017.

Os principais impactos negativos vieram dos serviços de alojamento e alimentação (-2,5mil) e de transporte e comunicações (-1,3 mil). No período, o setor admitiu 49,2 mil pessoas e perdeu 54,6 mil. A construção civil encerrou 2,6 mil postos nos últimos doze meses e a indústria teve 1,8 vagas cortadas, puxado principalmente pela indústria do material de transporte (-2,2 mil). Em todo o Estado, o comércio teve saldo de 1,6 mil vagas negativas, quando 37 mil pessoas foram admitidas contra 38,7 mil postos encerrados.

Primeiro trimestre

De janeiro a março deste ano, o Amazonas encerrou 4,9 mil vagas de trabalho com a admissão de 29,1 mil trabalhadores e a demissão de 34 mil. Em igual período do ano anterior, esse número chegou a -11,2 mil postos de trabalhos. Os setores que impulsionaram os resultados negativos foram o comércio, com saldo de 1,6 mil desligamentos, seguido da construção civil com eliminação de 1,3 mil postos e serviços com a diminuição de 1,1 vagas. Já a indústria encerrou o primeiro trimestre com 389 vagas negativas.

Março

No mês de março teve uma redução de 1,7 mil postos de trabalho, sendo que houve 9,3 mil contratações e 11 mil desligamentos.

No mesmo período de 2016, o Estado chegou a fechar 3,5 mil vagas, quando houve 10 mil contratações e 13,5 desligamentos no período. A indústria foi o setor que mais demitiu no mês passado, com saldo de 578 desligamentos, impactado pelas fábricas do material de transporte (-323) e de materiais elétricos e de comunicações (-320).

Mourão Júnior comentou que este é momento de refletir sobre o modelo ZFM (Zona Franca de Manaus), uma vez que a economia amazonense ainda se concentra em grande parte, no setor industrial. "É a hora de refletirmos e encontrar alternativas para gerar mais empregos", finalizou o especialista.

Em seguida vem o comércio com eliminação de 534 postos, quando 2,6 mil foram contratadas contra 3,2 mil demitidas. No terceiro mês do ano, a construção civil perdeu 394 empregos e serviços 237 vagas cortadas. Já a agropecuária abriu 36 vagas e os Serviços Industriais de Utilidade Pública, 22.

Fonte: JCAM

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