03/07/2013
De acordo com o secretário, além da infraestrutura deficiente, os empresários precisam lidar com questões geográficas e naturais que são inerentes à região para escoar a produção. Ele destacou que se não fosse pelos incentivos fiscais, as empresas não estaria produzindo na região. "Essas empresas não geram empregos aqui porque gostam, mas sim porque recebem inúmeros incentivos fiscais que servem como medidas compensatórias para essas indústrias. Do contrário, elas teriam ido para grandes centros no Sul e Sudeste do Brasil" ressaltou.
Em relação aos portos, Afonso Lobo lembrou que a região não possui profundidade suficiente para receber grandes navios com capacidade para transportar uma quantidade ideal de contêineres, o que se reflete diretamente nos custos de frete. "O que poderia vir em um navio, acaba vindo em dois navios", salientou.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado Amazonas (FIEAM), Wilson Périco, frisou que nos últimos dez anos a indústria cresceu a uma média de 8% ao ano, chegando perto de dobrar a produção. Porém, passada uma década, segundo ele, não houve nenhuma ação política séria a favor do desenvolvimento da logística no Estado. "Aumentamos a produção, mas ficamos presos nos portos e aeroportos que além da estrutura física ineficiente ainda carece de auditores e fiscais para agilizar os trâmites de entrada e liberação de mercadoria", avaliou ao ressaltar que a conta acaba sendo repassado ao consumidor final.
Para o presidente da associação PanAmazônia, Belisário Arce, falta empenho político para debater a questão da logística na região. "A falta de uma estrutura de logística é comum a todos os países e Estados que compõem a Amazônia. Deste modo é imprescindível a participação de todos para resolver essa questão", comentou Arce.
Fonte: Jornal Amazonas em Tempo