17/04/2014
Os principais insumos importados de janeiro a março foram para atender o polo eletroeletrônico de Manaus, com destaque para produção de televisores. O valor acima de US$ 1 bilhão representou 82,08% de participação nas importações US$ 3.553.822.491. Os demais foram distribuídos nos setores de telefonia (4,48%) e informática (4,21%). As empresas instaladas no PIM: Samsung (19,92%), LG (10,79%), Moto Honda (4,10%), Sony (3,98%), Philco (3,37%), Digibrás (3,18%), Evision (3%), Nokia (2,99%), Cal-Comp (2,82%) e Coimpa (2,14%), foram as 10 principais empresas importadoras.
Na lista dos principais produtos exportados permaneceram os concentrados para elaboração de bebidas (US$ 51,7 milhões); motos de 125 cilindradas (US$ 43,6 milhões) e aparelhos e lâminas para barbear (US$ 30,5 milhões). A participação foi de 22,08%, 18,60% e 6,58% respectivamente, no montante de US$ 234.226.609 exportado no 1º trimestre de 2014. Recofarma (21,37%), Moto Honda (16,58%), P&G (10,55%), Yamaha (5,67%), Petrobrás (5,06%), Pioneer (3,96%), Bic (3,47%), Mineração Taboca (3,03%), Nokia (2,83%) e Bramont (2,12%) formaram o ranking das 10 principais empresas exportadoras no acumulado do ano.
De acordo com o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, as atividades do PIM são focadas para atender o mercado interno brasileiro, em sua grande maioria, portanto as importações serão sempre superiores às exportações. “A Zona Franca não teve em seu conceito, em sua origem, algo visando atuar positivamente na balança comercial através das exportações. Isso não é uma questão da Zona Franca, a política de exportação é a mesma para o país todo e mais uma vez os investimentos que estão aqui, na sua grande maioria, são focados no mercado interno”.
Wilson Périco ainda sugeriu uma análise a ser feita pelos órgãos competentes, para demonstrar que os produtos fabricados no PIM além de abastecer o mercado interno, geram emprego e renda em Manaus, movimentando a economia local e nacional. “Os produtos que são fabricados aqui atendem o mercado interno, e se não fosse assim, eles seriam importados. Quanto seria essa importação versus o que nós importamos hoje no mercado interno. Hoje nós importamos insumos para produzir aqui em Manaus, geramos emprego aqui. Essa questão da balança comercial é muito mais de política nacional do que uma questão focada na Zona Franca de Manaus”, concluiu.
No entanto, segundo o presidente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia), Marcus Evangelista, o polo componentista sofre com as importações em função dos baixos preços praticados por outros países, tendo a China como exemplo. “Apesar de termos alguns clusters verticalizados, como o polo de duas rodas, outros segmentos ainda trazem maior parte de seus insumos do exterior o que se comprova numa rápida análise do saldo da balança comercial”, analisou.
Fonte: JCAM