CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

AM precisa capacitar 142 mil

  1. Principal
  2. Notícias

05/02/2020

Fonte: Jornal do Commercio

Marco Dassori

O “Mapa do Trabalho Industrial”, documento compilado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), mostra que o Amazonas terá de qualificar 142.089 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento, entre 2019 e 2023, para fazer frente à demanda do PIM. Em todo o país, a necessidade do setor sobe para 10,5 milhões de profissionais capacitados. A necessi d a d e d e qualificar se torna ainda mais imperativa diante do atual desafio da indústria incentivada de Manaus de se manter tecnologicamente relevante e competitiva em custos.

Sondagem recente da CNI revela que o PIM perdeu 9,4% de participação no PIB estadual entre 2007 e 2017 e não passou de 24,6%. O PIB industrial do Amazonas (R$ 26 bilhões) é carreado pelos segmentos de informática, eletrônicos e ópticos (17,4%), de bebidas (11,4%), de construção (8,7%), de derivados de petróleo e biocombustíveis (7,7%) e de serviços industriais de utilidade pública.

Oportunidades ainda se abrem para a indústria da ZFM, segundo antecipam os 197 projetos industriais aprovados pelo Codam no ano passado, que somaram R$ 5,70 bilhões em investimentos. Segmentos promissores como a produção de equipamentos e sistemas para energia fotovoltaica e de veículos elétricos, entre outros, geram a expectativa de abertura de 7.522 postos de trabalho, nos próximos três anos. Mas, para preencher ess as vagas, entre outras, a indústria precisará de um contingente devidamente qualificado. Vice-pres i d en e da Fieam e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, Nelson Azevedo, ressalta que o percentual de uso da capacidade instalada registrado pelas indústrias do PIM variou de 65% a 70% em novembro de 2019, conforme segmento e linha de produção.

“A indústria vem se recuperando, embora ainda trabalhe com capacidade ociosa. Mas, o importante é que o país está avançando e a confiança, voltando. O ano começa com indícios de que vai ser melhor e esperamos que isso se reflita, mais adiante, nos empregos. E atender essa demanda é um desafio para o Amazonas e para todas as suas instituições de ensino”, ponderou.

Aperfeiçoamento e formação

O estudo do Senai constata que a maior demanda será pelo aperfeiçoamento de trabalhadores que já estão empregados. Em seguida, vêm aqueles que precisam de formação inicial para ingressar no mercado de trabalho, tanto para ocupar novas vagas, quanto para ocupar postos abertos devido à aposentadoria.

As exigências do mercado de trabalho variam de acordo com a vocação econômica das regiões brasileiras. As áreas que mais vão demandar a capacitação de profissionais com formação técnica no Amazonas são transversais; metalmecânica; equipamentos de transporte e veículos; eletroeletrônica; e energia e telecomunicações. Profissionais com qualificação transversal trabalham em qualquer segmento, como técnicos em eletrotécnica e técnicos de controle da produção.

Entre os cursos mais demandados e realizados pelo Senai no Amazonas estão os técnicos em mecatrônica, automação, tecnologia da informação, eletrônica, eletrotécnica, mecânica e construção civil (edificações). Outros cursos em destaque são os de eletricista industrial, instalador e reparador de aparelhos de climatização e refrigeração, inspetor de qualidade, robótica básica e avançada, desenhista em CAD, controlador lógico programável – CLP, soldador, ferramenteiro e operador de linha de produção.

No Estado, a maior procura se encontra também na formação continuada de trabalhadores que já estão empregados. Em parcela menor (23%), estão aqueles que precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho, em sua formação inicial. Nesse grupo, estão pessoas que vão ocupar tanto novas vagas, quanto postos recentemente disponibilizados.

Em material divulgado pela Fieam, o diretor regional do Senai-AM, Rogério Pereira, afirma que a instituição vai buscar os dois públicos.

Foco na inovação

Os dados levantados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial serão usados para subsidiar a oferta de cursos da instituição. Essas ocupações têm em sua formação conhecimentos de base industrial e por isso são oferecidas pela instituição, mas os profissionais podem atuar em qualquer setor da economia.

“Pelo Senai-AM, trabalharemos norteados pelo Mapa do Trabalho Industrial, ciclo 2019/2023, procurando calibrar nossas ofertas formativas, por meio das nossas escolas, priorizando os segmentos industriais relacionados no Mapa do Trabalho, sem perder de vista outros aspectos correlatos importantes neste processo, como a busca constante pela inovação nos nossos processos educacionais e o acompanhamento na evolução das tecnologias envolvidas”, finalizou Rogério Pereira.

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House