22/12/2014
O processo de fabricação iniciou há um mês com uma produção de 80 toneladas de cimento por hora, quantidade que equivale a 2,4 mil sacos de 42,5 quilos, cada um. A marca do produto é Mizu CPIII-40 RS.
A empresa também projeta atender aos Estados do Amapá, Pará e Rondônia. O investimento feito pela empresa no Estado foi de R$150 milhões.
Segundo o diretor da Cimento Mizu, José Antero dos Santos, a iniciativa de instalar uma filial da indústria na capital partiu de pesquisas sobre a demanda do consumo de cimento no Amazonas. Ele afirma que o Estado é carente da produção do produto ao mesmo tempo em que apresenta aumento no índice de desenvolvimento. “Acreditamos no potencial de crescimento do Estado. Queremos atender o Amazonas e outros Estados da região Norte. Pensamos que teríamos dificuldades com relação a logística mas os municípios já apresentam rotas a partir dos portos. Há intercâmbio entre os Estados”, comenta.
Antero também disse que a ideia é contribuir com o aumento na oferta e a consequente redução no preço do produto. O diretor considera que o consumidor final já pode sentir uma leve redução no preço do cimento comercializado na cidade. Na fábrica o cliente pode adquirir um saco de cimento por R$ 25, enquanto no comércio esse valor chega a R$ 28. “Apesar da elevação dos custos, houve uma diminuição em média de R$ 2 sobre o valor do produto”, aponta. “A empresa vai contribuir na questão da autossuficiência em cimento no Estado. Sem esse produto a cidade não cresce”, complementa.
Para o vice-presidente do Sinduscon-AM, Frank Souza, a instalação de uma nova empresa de cimento na cidade deve contribuir com a redução do valor do produto aos clientes. Ele afirma que do total do cimento consumido pelo Amazonas cerca de 5% é importado. Souza reiterou que não tem notícias da falta de abastecimento do produto no mercado local. “Se há aumento na concorrência, consequentemente há redução no preço para o mercado”, frisou.
A vinda da Cimento Mizu para Manaus foi intermediada pela Seplan (Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico). A construção da fábrica iniciou em janeiro deste ano e foi concluída em outubro. O primeiro lote de cimento foi produzido em novembro.
Atualmente a empresa opera com 55 colaboradores diretos e pelo menos 250 funcionários indiretos. No período de construção, o quadro funcional foi composto por 600 trabalhadores diretos e 1,2 mil indiretos.
Segundo o secretário executivo adjunto de Políticas Setoriais da Seplan, Appio Tolentino, a implantação da segunda indústria de cimento do Estado representa a quebra de um monopólio. Ele ressalta que o valor do produto final deve ter redução em curto prazo. “É um marco na construção civil e na ZFM porque nenhum monopólio é bom. Apesar do aumento nos custos o preço do cimento baixou e deve ser reduzido ainda mais. A indústria da construção civil é básica e necessária para o desenvolvimento de um país com a geração de emprego e renda”, avalia.
A fabricação do cimento tem como base a utilização das seguintes matérias-primas: clinquer, escória e gesso. A empresa é composta por dois galpões com capacidade para armazenamento de 50 mil toneladas cada um; um secador de escória com capacidade para 60 toneladas por hora e um moinho para moagem de cimento com capacidade para 70 toneladas por hora, o equivalente a 450 mil toneladas por ano.
Fonte: JCAM