20/08/2013
"No momento, dados os indicadores recentes, a projeção aponta para esse percentual. No futuro se houver mudança, faremos novas projeções", disse Elói de Carvalho, coordenador de Previsão e Análise da Receita, que também participou da coletiva para explicar a arrecadação. Elói destacou ainda que a Receita nunca faz uma projeção separada dos indicadores disponíveis pelo governo para justificar as estimativas otimistas do Fisco.
O governo federal arrecadou R$ 94,29 bilhões em impostos e contribuições em julho. O resultado representa crescimento real de 0,89% em relação ao mesmo período de 2012, descontada a inflação pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Os dados foram divulgados, ontem (19), pela Receita Federal.
No acumulado do ano, a arrecadação federal somou R$ 638,27 bilhões, alta de 0,55% na comparação com o primeiro semestre do ano passado, também descontado o IPCA. Em termos nominais, a arrecadação aumentou R$ 41,776 bilhões de janeiro a julho deste ano, ou seja, sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados no mesmo período do ano passado.
De acordo com a Receita, entre os principais fatores que impulsionaram a arrecadação em julho está a arrecadação extraordinária no valor de aproximadamente R$ 4 bilhões –referente à Cofins, ao PIS e ao IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) em decorrência de depósito judicial e venda de participação societária.
Outro fator que contribuiu para alcançar o montante foi o desempenho dos principais indicadores macroeconômicos, incluindo a produção industrial, com crescimento de 1,15% entre dezembro de 2012 e junho de 2013, e a venda de bens e serviços (3,95% na mesma comparação). Houve ainda no período aumento da massa salarial, de 11,58% e do valor em dólares das importações, com acréscimo de 5,17%. Todos com fator gerador em julho.
Fonte: JCAM