21/10/2014
“O que não resolve o problema da falta de crédito para os financiamentos”, afirma o presidente do Sinmen (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus), Athaydes Mariano Félix. “A expectativa é manter essa média de resultado – talvez um pouco acima ou um pouco abaixo –até março do ano que vem. A partir daí sim, estamos esperando alguma melhora, a partir do mês de abril”, explicou o presidente.
De acordo com a Abraciclo, na primeira metade deste mês foram emplacadas 60.127 motocicletas ante as 59.636 unidades em igual período de outubro do ano passado. Em relação ao mesmo período de setembro, quando foram comercializadas 59.616 unidades, o volume absoluto registrado na primeira metade deste mês foi 0,9% superior.
“(A alta) É um bom sinal, mas nada que possa ser encarado com otimismo. Isso é uma tentativa de facilitar a venda de veículos, porém todo o problema reside no financiamento e na alta inadimplência”, lamentou Félix.
Ele acrescentou que mesmo mantendo este nível de crescimento até o final do ano, a tendência é de que o setor de duas rodas feche 2014 com resultados negativos, por conta das perdas acumuladas ao longo dos 12 meses. A previsão é de que a crise continue pelo menos pelos próximos seis meses.
Dificuldades
Os resultados positivos nas vendas de 0,8% em relação a outubro de 2013 e de 0,9% em relação a setembro surgem após um ano marcado por retração e crise por falta de crédito aos consumidores. No mês passado, a média diária de vendas de motocicletas teve queda de 5,4% na primeira quinzena em relação ao mesmo período de 2013, passando de 5.732 para 5.420 unidades. No acumulado do ano (de janeiro a setembro), as vendas no varejo desaceleraram 5,3%, considerando-se as 1.129.282 unidades comercializadas em 2013, ante 1.069.714 unidades em 2014.
“Ficamos abaixo da média diária de vendas de 6.000 unidades, que era prevista para o período pós-Copa do Mundo. Diante disso, revisamos as projeções de fechamento de 2014, passando a considerar uma produção total de 1.550.000 unidades, vendas no atacado de 1.460.000 unidades, varejo com 1.440.000 unidades e exportações de 90.000 unidades.
Estas novas projeções indicam que, em comparação com 2013, em 2014 teremos retrações de 7,4% na produção, 8,3% no atacado, 5% no varejo e 15% nas exportações”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Fonte: JCAM