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Alta do PIB mostra que economia retomou crescimento, diz Fazenda

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28/11/2014

A expansão de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a economia entrou em processo de retomada do crescimento, “embora em ritmo ainda modesto”, na avaliação do Ministério da Fazenda.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa e assinada pelo gabinete do ministro, o texto destaca que a economia brasileira voltou a apresentar taxa positiva de crescimento econômico no 3º trimestre de 2014, segundo o IBGE, e tem condições de apresentar ritmo mais intenso no quarto trimestre e em 2015.

Além disso, a nota destaca que o crédito começa a dar sinais de melhora e o país tem fundamentos sólidos, com baixo desemprego e aumento de renda. Entre os dados do PIB divulgados, a Fazenda menciona a expansão de 1,7% da indústria e de 1,3% dos investimentos.

Na visão da Fazenda, os indicadores antecedentes e coincidentes sinalizam a continuidade dessa trajetória de melhora no quarto trimestre. “A retomada do investimento é fundamental para que o crescimento econômico se acelere e tenha sustentação ao longo do tempo”, informa o texto.

A seca prolongada motivou a queda de 1,9% na agricultura no terceiro trimestre, de acordo com a Fazenda, porque afetou importantes culturas, como cana de açúcar e café. Outro ponto negativo mencionado na nota é o enfraquecimento da demanda no terceiro trimestre, situação expressa na queda de 0,3% do consumo das famílias. “Esse quadro reflete a escassez de crédito em um ambiente de restrição monetária para combater a inflação”.

A boa notícia na visão da pasta é que o crédito, no entanto, já começa a dar sinais de melhora, “mas ainda está aquém do necessário para levar a taxa de crescimento do consumo das famílias para uma situação de normalidade”, de acordo com o texto.

A nota destaca ainda aspectos macroeconômicos positivos não divulgados no PIB, como o desemprego baixo em outubro - “a menor taxa de desemprego da série histórica, 4,7% - e a renda que permanece em alta. “A massa salarial continuou crescendo, mas o desempenho do mercado interno tem sido contido pela falta de crédito. O bem sucedido desempenho do mercado de trabalho brasileiro é resultado da estratégia de política econômica anticíclica, que mitigou os impa ctos da desaceleração econômica mundial e doméstica sobre os trabalhadores”, diz o texto.

A Fazenda cita ainda os fundamentos macroeconômicos sólidos do Brasil, “que tem todas as condições para apresentar no quarto trimestre e em 2015 um crescimento mais intenso, garantindo e ampliando as conquistas da população brasileira, em especial para a população trabalhadora e de menor renda”.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não convocou entrevista coletiva para comentar os dados do PIB, como faz tradicionalmente. Ontem, ele também não participou do anúncio da nova equipe econômica do governo Dilma Rousseff: Joaquim Levy à frente da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento, e Alexandre Tombini no Banco Central.

Fonte: Valor Econômico

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