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Alta do dólar mostra reflexos diretos na indústria e comércio local

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15/08/2013

Com a forte alta da moeda americana, os reflexos em nossa economia são diretos e, por isso, os comerciantes locais estão cautelosos na hora de importar produtos. A indústria, por seu lado, prevê alta nos preços dos produtos para os próximos meses.

Na Importadora Carioca, onde 70% dos produtos são importados, a saída encontrada foi diminuir as opções de parcelamento e desconto. “Além disso, em alguns produtos não conseguimos manter o preço anterior, mas procuramos não fazer um reajuste tão alto. Ele girou em torno de 5%, caso contrário perderíamos clientes”, disse o gerente da loja e João Lúcio Freitas.

Ele revela que enquanto o dólar não se estabilizar a importadora vai priorizar o estoque e os produtos que têm maior saída. “O consumidor que é acostumado a comprar produtos importados já deve começar a sentir o reflexo do cenário e também ficará mais cauteloso”, observa Freitas.

E é o que também aponta Ismael Bicharra, sócio proprietário da DrugStore. Ele espera que não haja aumentos expressivos até o final do ano. “Vivemos num país que depende de produtos de fora, desde a gasolina até o feijão, e infelizmente pagamos alto por isso”, disse Bicharra, que projeta aumento de até 20% no preço final de alguns importados.

O dono da Importadora Padma, Deiv Hemnani, avalia que, nos últimos anos, o comportamento do consumidor mudou e acabou não ficando mais tão interessante comprar produtos muitos produtos importados. “Primeiro, por ser muito burocrático. Segundo, por ser um produto em que não podemos oferecer garantia ao cliente”, explica.

Insumos


Já na indústria local, por importar insumos, a alta do dólar também deve se refletir no preço final. “Toda a composição de custo da indústria é baseada em dólar”, salienta o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.

Ele revela que o que o setor já comprou não deve sofrer alterações. Porém, a partir do próximo mês, a alta da moeda americana deverá chegar ao bolso do consumidor. “Caso continue esse cenário, o reflexo deverá ser sentido até o primeiro trimestre do próximo ano”, disse.

Quem vai viajar está na espreita


A alta do dólar contribui para a queda de 50% do movimento das casas de câmbio. Na avaliação dos estabelecimentos, apenas quem programou a viagem com antecedência, mas não garantiu o dinheiro para gastar no passeio com antecedência, enfrenta o alto patamar atual da moeda americana.

“Quem pretende viajar no próximo feriado tem procurado comprar a moeda, quando ela tem fechado em baixa, mas muita gente está na expectativa para dezembro, por acreditar que até lá o dólar já tenha se estabilizado”, disse a operadora da Amazônia Câmbio, Adriane Libório.

A funcionária pública Diana Oliveira, que viajará em setembro para Miami (EUA), está espreitando o dólar “A saída é ficar de olho diariamente na cotação para não tomar sustos, mas acredito que ainda é possível viajar , se houver um aumento muito brusco, passando de R$ 2,45, aí sim, acho que é motivo de alerta”, acredita.

A gerente da Câmbio Change Exchange, Lucineide Araújo, disse que o cenário tem levado pessoas a vender a moeda americana que estava guardada.

Fonte: Portal Acritica.com.br

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