21/08/2013
Pimentel, contudo, manteve o suspense se o "ponto que precisa" fica acima ou abaixo dos patamares atuais da moeda norte-americana. Ontem, o dólar fechou o dia próximo a R$ 2,41, em um cenário de pressão de alta.
As declarações de Pimentel contrastam com as de outros integrantes do governo, como o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), que disse ontem que a situação do dólar "preocupa".
Durante sua fala em evento no Palácio do Planalto na manhã de ontem, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que a alta do dólar "preocupa", mas que há um "importante e sólido colchão de apoio" criado pelo governo nos últimos anos em contrapartida.
Na última semana, o dólar registrou alta durante seis dias seguidos. O Banco Central tem se limitado a tentar frear a alta da moeda americana atuando no mercado futuro, mas a valorização da moeda estrangeira já é motivo de preocupação no Palácio do Planalto.
"Quando a gente olha o Brasil, a gente costuma olhar como é que está o PIB, como é que está o dólar, que agora está preocupando porque está subindo, [como está] a Bolsa. A gente costuma olhar esses fatores como aqueles que dão mais otimismo ou mais pessimismo", disse Gilberto Carvalho.
O ministro Pimentel correu para apagar o incêndio. Ao ser questionado sobre a depreciação do real após evento em São João del-Rei (MG), com a presença da presidente Dilma Rousseff, Pimentel disse que a situação favorece a indústria brasileira.
"Quando o dólar estava barato, todo mundo reclamava que a indústria estava mal. Agora que o dólar subiu, vão continuar reclamando?", disse.
Questionado, então, se avalia que o câmbio está em nível satisfatório, afirmou: "Eu acho que está ótimo, estamos chegando no ponto que precisa. O Brasil está voltando a ser competitivo, a nossa indústria".
A imprensa aproveitou para instigar o ponto de vista do secretário Geral da Presidência.
Fonte: JCAM