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Ajustes prometidos por Temer agradam lideranças da economia no Amazonas

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13/05/2016

Animados com a posse de Michel Temer a presidência do Brasil pelos próximos 180 dias,lideranças do Amazonas de áreas ligadas à economia, fazem as primeiras análises do novo governo e apostam em mudanças significativas após o anúncio de nomes como Henrique Meirelles para a pasta da Fazenda e Romero Jucá para o Planejamento. O documento chamado “Uma Ponte para o Futuro”, elaborado por economistas, que irá servir de guia para as ações de reforma do novo governo, como reduzir o deficit primário e outros problemas também teve aceitação por parte do empresariado, sendo um consenso entre as categorias.

Unir os Estados visando o crescimento econômico e social, assim o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo vê os próximos meses do governo Temer. “Não vamos nos iludir achando que será algo rápido, serão necessários no mínimo dois meses para vermos resultados concretos,mas só de sabermos que uma das metas é diminuir o tamanho do Estado para reduzir gastos, já causa ânimo, pois sabemos do custo que é manter um país imenso”, afirma Azevedo.

A credibilidade da equipe econômica é outro ponto animador para a indústria local, lembra Azevedo. “O ministro Meirelles tem experiência e passa confiança ao empresariado e ao investidor, principalmente, estrangeiro que pode voltar a investir no PIM. E investimento é desenvolvimento”, ressalta.

Sobre a indicação para a pasta do Planejamento, Azevedo vê riscos de a oposição futura associar a imagem de Romero Jucá a escândalos. “Por estar na lista da Lava Jato, vai ser natural que haja essa associação. Ainda mais quando se pensa que a equipe deve ser formada por homens certos na hora certa”, fecha.

Ainda falando sobre o PIM, Azevedo não vê na proximidade do novo governo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ameaças à Zona Franca de Manaus (ZFM). “Para que Temer chegasse a presidência, ainda que por meio de impeachment, houve uma coalizão de forças políticas e apoio da classe industrial que não suportava mais o desgoverno, a instabilidade e o descontrole econômico. Não acredito que algo seja feito para prejudicar o PIM e a coalizão que Temer conseguiu”, comenta Azevedo.

Essa coalizão também é lembrada pelo presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco. “O governo Dilma não oferecia mais credibilidade e governabilidade. O aceno de mudança do governo Temer é bem-vindo. Sabemos que nada vai ser resolvido de hoje para amanhã, mas estamos confiantes no plano de governo e na equipe formada”, explica Périco, acreditando em um ano de 2016 comprometido pelo descontrole econômico do governo Dilma. “Só em 2017 teremos o resultado do que se define agora. Começa com o resgate dos rumos políticos, depois os econômicos. Então é possível que tenhamos de volta nossa colocação como bons pagadores no exterior, atraindo mais e novos investidores”, conclui.

Comércio otimista

O plano de governo anunciado pela equipe de Temer é o que anima o comércio, disse o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ismael Bicharra. “Estávamos sem um documento para amparar a economia brasileira. Faltava um plano de governo ao antigo mandato. A princípio, as promessas de enxugar a máquina pública, extinguir pastas desnecessárias, ajustar as contas e promover uma reforma tributária e fiscal, são bem aceitas. Temos esperanças de ministérios de Fazenda e Planejamento competentes, que ponham a casa em ordem”, disse.

De acordo com Bicharra, apesar dos primeiros atos do novo governo serem emergenciais, o comércio amazonense pode reagir de modo positivo. “Experimentávamos um crescimento, quando de repente houve a queda. Uma queda que durou mais de 10 anos. Com a nova equipe, creio que teremos de volta a confiança do consumidor e do investidor”, comenta o presidente da ACA.

Agenda de reformas

Promover reformas tributárias e fiscais devem recolocar os fundamentos macroeconômicos no lugar, o que seria benéfico para a ZFM, analisa o cientista político, Breno Ricardo Messias. “Essas reformas impulsionariam o PIM que necessita de investimentos estrangeiros e o país precisava de uma agenda de reformas, pois estamos perdendo competitividade ano após ano e a retomada do crescimento econômico, por tabela, impulsiona o crescimento da indústria”, conclui Messias.

Fonte: JCAM

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