12/04/2023

Após ter retornado ao Brasil no ano passado com a sua linha de TVs, a marca japonesa Aiwa reforçará a produção daquilo que mais lhe deu fama: os dispositivos de som. A confirmação foi feita por Giovanni Cardoso, dono do grupo MK, que licencia os produtos da marca.

Em entrevista concedida ao portal UOL, o executivo indicou que a companhia deve trazer produtos diversificados, como caixas de som portáteis, amplificadores, soundbars e rádios para carros.

Além disso, Cardoso apontou que a memória da Aiwa como fabricante de áudio deve ser explorada. No ano 2000, a marca chegou a ter 20% da fatia de mercado no Brasil.

Contudo, a empresa reconhece que o desejo dos consumidores é distinto em relação a décadas anteriores. Agora, valorizam-se os recursos de conectividade, além da resistência contra a água.

A Aiwa também deve entrar no mercado de fones de ouvido Bluetooth, que cresceu cerca de 40% no último ano — um aumento até mais expressivo em comparação com o das caixas de som, que ficou em 7% no mesmo período.

Aiwa voltou ao Brasil com venda de TVs em 2022

O ano de 2022 marcou a volta da Aiwa ao mercado nacional por meio de sua linha de TVs. Atualmente, a empresa disponibiliza modelos de 32 a 75 polegadas, em diferentes resoluções e faixas de preço.

Quando a Sony saiu do Brasil, o grupo MK comprou as tecnologias necessárias para a produção dos painéis. Atualmente, as TVs são montadas na Zona Franca de Manaus.

Os tempos áureos da marca ficaram entre os anos 1980 e 1990, quando a empresa tinha 85% de seu faturamento vindo de produtos de som. Ela começou a ter prejuízos no início dos anos 2000, e em 2003 a Sony — que já era acionista majoritária — comprou todas as ações da Aiwa.

O objetivo era claro: trazer a empresa para um público mais jovem. A ideia não deu certo, e a marca saiu de circulação completamente em 2008.

Além do Grupo MK — que também é dono da Mondial e da XZone —, a Aiwa também tem gestão de outras empresas, dependendo da localização. No Japão ela foi vendida para a marca de rádios Towada Audio, enquanto na América Latina a companhia é de responsabilidade da Audio Mobile Americas.

Fonte: UOL