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Agravamento da pandemia derruba produção de motos no Polo Industrial de Manaus

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12/03/2021

Fonte: Valor Econômico

Por Carlos Prieto

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Os fabricantes de motos instalados no Polo Industrial de Manaus sentiram com força os efeitos do recrudescimento da pandemia de covid-19 neste início de ano. Em paralelo, como em outros segmentos, a cadeia de fornecedores do setor também enfrenta problemas de abastecimento. A produção de motos, que em janeiro já havia caído 46,5% na comparação anual, voltou a apresentar queda em fevereiro, de 38,6%, segundo a Abraciclo, entidade que representa o setor. Em janeiro foram montadas 53,6 mil unidades. Em fevereiro o volume ficou em 58 mil.

A produção no primeiro bimestre, de 111,6 mil motos, corresponde a uma retração de 42,7% na comparação com o mesmo período de 2020. A capacidade de produção do setor no polo é superior a 100 mil unidades mensais. Desde o início de 2021, Manaus apresentou alto índice de contaminação e óbitos causados pelo novo coronavírus. Isso levou o governo amazonense a tomar várias medidas de restrição de circulação de pessoas, o que obrigou os fabricantes a ajustarem as jornadas de trabalho.

“As medidas de restrição impediram que as fábricas mantivessem a curva crescente de produção registrada nos últimos meses de 2020”, afirmou em nota o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. O dirigente acredita numa retomada no ritmo de produção já neste mês. “Conseguiremos recuperar parte dos volumes e, com isso, reduzir a fila de espera por motocicletas que hoje é de cerca de 150 mil unidades.” Essa fila é composta principalmente pelos contemplados em consórcio que ainda aguardam a entrega da moto.

Os emplacamentos acompanharam o desempenho de queda da produção. Em janeiro as vendas ainda mantiveram algum fôlego e foram emplacadas 85,8 mil motos, queda de 6,4% na comparação anual. Mas em fevereiro esse número caiu para 57,4 mil motos, 28,1% a menos do que no mesmo mês de 2020. No bimestre foram licenciadas 171,5 mil motos, queda de 16,5% na comparação com o ano passado. A média diária de vendas em fevereiro, com 20 dias úteis, foi de 2.869 unidades. Foi o pior desempenho para esse mês desde 2003, com 3.390 motos emplacadas por dia. No mesmo período de 2020, com 18 dias úteis, a média ficou em 4.434 unidades vendidas.

As exportações no mês passado somaram 2.926 motos, alta de 22,2% na comparação anual. Em janeiro as exportações também tinham dado um salto. No primeiro mês do ano foram embarcadas 3.904 unidades, alta de 129,5% sobre 1.701 unidades em janeiro de 2020. No bimestre foram exportadas 6.830 motos, alta de 66,8%. A alta expressiva pode ser explicada pela baixa base de comparação de 2020 e os volumes ainda estão muito aquém do histórico do setor.

Apesar do primeiro bimestre bem abaixo da capacidade de produção e potencial de vendas do setor, a Abraciclo não divulgou nenhuma intenção de rever as estimativas feitas para este ano no fim de 2020. A entidade projeta montar 1,06 milhão de motos em 2021, alta de 10,2% sobre o volume do ano passado. A expectativa para os emplacamentos é de expansão de 7,1% na comparação com 2020, somando 980 mil unidades. Para as exportações a estimativa é de embarcar 40 mil motos, crescimento de 18,5% em relação a 2020.


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